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Sábado, 15 de junho de 2024

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milícia privada

Sargento da PM é preso por criar grupo de extermínio e coordenar diversas execuções

Foto: Rogério Florentino / OD

Sargento da PM é preso por criar grupo de extermínio e coordenar diversas execuções
A Polícia Civil prendeu o sargento da Polícia Militar Manoel Santos da Silva, acusado de criar um grupo de extermínio na cidade de Brasnorte (580 km de Cuiabá). Conforme apuração da Delegacia Municipal, o militar fazia questão de falar que "ninguém matou mais vagabundos do que ele". 


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Elementos reunidos nos inquéritos indicam que a motivação para a execução dos crimes seria, na verdade, o domínio territorial para o tráfico de drogas. Os investigados responderão por homicídio triplamente qualificado e constituição de milícia privada por conta dos homicídios ocorridos entre 2020 e 2022.

A prisão preventiva contra o militar foi expedida pela Justiça na quinta-feira (21) e ele se apresentou ao Batalhão da Polícia Militar de Tangará da Serra na tarde de sexta-feira (22), ocasião em que teve a ordem judicial cumprida.

Um dos executores dos homicídios foi preso preventivamente e outro está foragido.

Crimes

Um dos homicídios, cujo inquérito foi concluído pela Delegacia de Brasnorte, ocorreu em 19 de maio de 2020 e vitimou um casal que foi atingido por vários disparos de arma de fogo. A mulher, de 19 anos, sobreviveu. Já o namorado dela, Caíque da Conceição de Souza, 20 anos, morreu 40 dias depois em decorrência dos múltiplos disparos. Ele estava trabalhando como entregador de marmitas.

No dia dos fatos, a patroa de Caíque recebeu um pedido de marmitas para entrega à noite. A Polícia Civil apurou que o pedido foi uma armadilha para que a vítima se dirigisse ao local onde os criminosos pretendiam matá-la. Neste dia, a namorada de Caíque foi junto e acabou sendo alvejada. O crime foi executado por quatro homens.

A investigação apurou que o militar teria ficado revoltado após Caíque ser liberado pela Justiça, três dias antes de sua morte, quando foi detido com porções de drogas e três munições. O rapaz morto teria envolvimento com tráfico doméstico de drogas.

O militar, então, teria armado com mais três comparsas (dois deles ainda não identificados) uma emboscada para matar Caíque. No dia do crime, quatro pessoas desceram do veículo e dispararam com o rapaz e a namorada.

Outra morte investigada pela Delegacia de Brasnorte, cuja autoria chegou ao policial ocorreu no dia 30 de abril deste ano. A vítima, Edivaldo Ferreira Loures, foi morto por um dos criminosos já identificados e que está foragido. A vítima foi morta quando o criminoso tentava matar outra pessoa, que supostamente seria ligada a uma facção criminosa.

Os indícios reunidos na investigação atestam que o policial militar organizou um grupo de extermínio, sendo responsável direto pela morte de diversas pessoas. Até o momento, a Polícia Civil em Brasnorte identificou seis homicídios, que estão em fase final de investigação.

Outro homicídio, cujo inquérito foi finalizado nesta semana com o indiciamento dos envolvidos, ocorreu em julho de 2020. Elson Baragão, de 57 anos, foi encontrado na tarde do dia 9 de julho em uma estrada de região de fazendas, próximo à MT-170.
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