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Quinta-feira, 23 de maio de 2024

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Observador nega fraude em referendo boliviano e acusa oposição de manipulação

O presidente do Parlamento do Mercosul, deputado Doutor Rosinha (PT-PR), negou hoje (26) que haja indícios de fraude no referendo sobre a nova Constituição na Bolívia, conforme denunciam oposicionistas daquele país.


Em entrevista à Agência Brasil, Rosinha referiu-se à oposição boliviana como “manipuladora” e “nociva” para a democracia e para a consolidação do processo de transformação em curso no país vizinho. “O reconhecimento da vitória do Sim não é só do governo. Toda a oposição já tem reconhecido.”

“Eles manipulam ao comparar o atual referendo da Constituição com o referendo revogatório [realizado em agosto de 2007, quando o presidente Evo Morales venceu com 67% dos votos] como se fosse a mesma coisa. São coisas completamente distintas. É uma oposição criminosa, pelo tipo de comportamento que tem e pela maneira como manipula a informação”, disse o parlamentar brasileiro.

Outro argumento usado pela oposição na tentativa de invalidar o resultado do referendo é que o Sim deveria prevalecer em todos os nove departamentos bolivianos, e não apenas em alguns, como apontam os dados de boca-de-urna. Para Rosinha, tal estratégia representa apenas mais um sinal de manipulação dos líderes oposicionistas.

“Vou fazer uma comparação com o Brasil: o Lula venceu duas eleições, mas houve estados onde ele perdeu. No entanto, o Estado brasileiro reconheceu o resultado eleitoral. Não é por isso que nossos presidentes são presidentes de um estado, mas não de outros. Não tem que obter o sim em todos os locais.”

O deputado brasileiro lembrou que, caso o resultado oficial – a ser divulgado pela Corte Nacional Eleitoral da Bolívia no próximo dia 10 – seja mesmo a vitória do Sim, a oposição não terá como negar a nova Constituição, mas apenas investir em novas disputas políticas para a regulamentação da Carta.

“É uma oposição desrespeitosa ao processo democrático. Ela negociou mudanças na Constituição para poder ir ao referendo. Se negociou, as mudanças foram feitas e o referendo ocorreu, o que cabe à oposição é reconhecer o resultado. A disputa vai permanecer, porque o que quer a oposição boliviana não é democracia, é golpe. Se o Sim ganhar, em dezembro tem eleições para presidente, e a oposição poderá ver qual a sua força.”

De acordo com Rosinha, as únicas irregularidades registradas pelos 350 observadores internacionais que acompanharam ontem (25) o referendo na Bolívia foram propaganda de boca-de-urna, pessoas transitando em locais proibidos e eleitores que enfrentaram dificuldades no momento de votar – o que, segundo ele, não anula o processo democrático no país.
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