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Sábado, 01 de junho de 2024

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ONU pede ajuda militar para a Somália; combates e doença misteriosa matam

Foto: Omar Faruk 21.jul.2009/Reuters

Insurgentes islâmicos combatem forças do governo no norte de Mogadício; combates mataram ao menos 46 pessoas em dois dias

Insurgentes islâmicos combatem forças do governo no norte de Mogadício; combates mataram ao menos 46 pessoas em dois dias

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon pediu nesta quinta-feira a todos os países para que forneçam ajuda militar urgente à Somália para apoiar o governo transitório do país, cuja sobrevivência está em jogo, segundo ele. O apelo acontece no momento em que o governo somali, sob ataque de rebeldes, indicou um substituto para o ministro de Segurança assassinado no mês passado e em que membros das forças de paz no país estão sendo atingidos por uma doença desconhecida.


Insurgentes islâmicos combatem forças do governo no norte de Mogadício; combates mataram ao menos 46 pessoas em dois dias

O frágil governo interino apoiado pela ONU e por países ocidentais -- enclausurado em alguns quarteirões da capital-- e as insuficientes forças de paz da União Africana (UA) têm lutado para defender os prédios do governo, o porto e o aeroporto de Mogadício de dois grupos rebeldes islâmicos que lançaram uma ofensiva após o regresso de um líder rebelde exilado em abril, em uma campanha de violência que já matou centenas de somalis.

Em um relatório trimestral ao Conselho de Segurança da ONU nesta quinta-feira, Ban apelou à comunidade internacional para que não vacile em face do recente aumento dos combates e para fornecer mais tropas, armas e apoio logístico para o governo.

Funcionários e grupos humanitários mobilizados na Somália informaram que desde esta quarta-feira (22) confrontos na região central do país e na capital mataram ao menos 46 pessoas.

Há dois anos a insurgência contra o governo apoiado pelo Ocidente já matou cerca de 18 mil pessoas e deslocou mais de um milhão, no país que não tem um governo central efetivo desde 1991, mas os rebeldes nem o governo interino e seus aliados têm conseguido ganhar terreno nos últimos dias nos combates esporádicos no centro da Somália e na capital, localizada no litoral.

Nas cidades centrais de Wabho e Mahas, confrontos entre militantes e o grupo islâmico radical Al Shabab o grupo islâmico moderado Ahlu Sunna Waljamaca mataram 31 pessoas desde quarta-feira, de acordo com grupos humanitários. O grupo Al Shabab --considerado um braço da rede terrorista Al Qaeda por nações ocidentais-- controla grandes faixas do sul e do centro da Somália.

Um funcionário de um serviço de saúde humanitário disse que pelo menos 15 pessoas foram mortas e 53 ficaram feridos em pesados combates em três distritos de Mogadício nesta quarta-feira, mas que houve uma pausa nos combates no fim do dia nesta quinta.

Além dos problemas de segurança e da insuficiência de homens e equipamentos, a União Africana afirmou que está investigando uma misteriosa doença que matou três soldados burundianos da força de paz baseada na Somália. Outros 18 soldados estão em um hospital queniano com os mesmos sintomas, disse um funcionário da UA.

"A União Africana e o governo do Burundi enviaram uma equipe de médicos especialistas para verificar causou a doença no contingente burundiano", disse Gaffel Nkolokosa, porta-voz do enviado da UA à Somália. "Vinte e um soldados foram evacuados no início desta semana após exibirem sintomas semelhantes, e três deles morreram".

Os sintomas da doença não foram informados.

Nesta quinta-feira, o governo informou interino nomeou Abdullahi Mohamed Ali como ministro de Segurança, em substituição ao antigo ocupante da pasta, que foi morto há cerca de um mês em um atentado suicida feito por rebeldes islâmicos.

"Vou dar a primeira prioridade para a construção de forças somalis fortes", disse o novo ministro, por telefone, à agência de notícias Reuters.

Sem um governo que controle todo o país há quase 20 anos, a Somália tornou-se o sinônimo de um Estado fracassado, e o caos tem permitido as crescentes operações de pirataria nas rotas marítimas que passam pela costa do país. Nações ocidentais temem que o grupo Al Shabab tome o controle Somália, o que poderia desestabilizar os países vizinhos e fornecer uma base de treinamento de militantes islâmicos para ataques em outros países.
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