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Segunda-feira, 03 de junho de 2024

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Presidente interino pede que deposto desista de voltar a Honduras

O presidente em exercício de Honduras, Roberto Micheletti, pediu ao deposto líder Manuel Zelaya que desista de sua intenção de voltar ao país, um ato que qualificou de "provocação" e de "pretensão de provocar violência".


"Eu faço um chamado para que evite essa provocação e desista de sua pretensão de provocar violência", diz Micheletti, em entrevista publicada hoje pelo jornal chileno "La Tercera".

Adepto do governo provisório de Roberto Micheletti agita bandeira de Honduras durante manifestação em Tegucigalpa na quarta-feira (22). (Foto: AFP)
Zelaya, após dar por fracassada a gestão mediadora do presidente da Costa Rica, Óscar Arias, chegou na quinta-feira à noite à cidade de Esteli, no norte da Nicarágua, com o anunciado propósito de entrar em Honduras, onde seus partidários se mobilizaram para recebê-lo.

O líder deposto em um golpe militar em 28 de junho afirma que se deslocará devagar, para reunir muitos simpatizantes no trajeto e ressalta que viajará "com prudência, sem armas", porque é "um homem pacífico".

Em suas declarações ao "La Tercera", Micheletti reitera que há uma ordem de detenção contra Zelaya e que ele é acusado "de pelo menos 15 crimes", o que significa que (se retornar) tem que ser detido e colocado à disposição dos tribunais.

Micheletti também desqualifica o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, que, segundo ele, "não se informou bem da situação e elaborou seus próprios relatórios sem levar em conta a verdade", além de ter "desinformado" outros países.

Além disso, insiste em que está disposto a renunciar para que haja um governo de união nacional, "se o ex-presidente Zelaya renunciar a sua pretensão".

Sobre o isolamento internacional do regime que lidera, até agora não reconhecido por nenhum país, Micheletti afirma que "falamos com alguns governos, que prefiro não mencionar, e prometeram manter o apoio".

Ele disse também que sua administração "está analisando" o plano do presidente costarriquenho Óscar Arias, entregue com esse propósito "a todos os poderes do Estado", mas ressalta que o principal ponto desse plano, que é o retorno de Zelaya, "não é possível".

"Seria ilegal e nós temos que respeitar a lei", explica o governante em funções, que também convidou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que há poucos dias o pediu para aceitar o plano de Arias, a enviar "alguém de sua confiança para que veja o que está acontecendo" em Honduras.
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