O retorno de Sarah Palin ao mundo da política dos Estados Unidos pelas mãos do livro "Going Rogue", que não deixou marionete com cabeça, aumentou notavelmente sua popularidade nas pesquisas, mas demonstra que a opinião sobre ela está muito polarizada no país.

Segundo uma pesquisa da "CNN" publicada hoje nos EUA, 46% dos americanos afirma ser favorável a ex-governadora do Alasca e o mesmo percentual demonstra uma percepção negativa.

Palin, que ganhou destaque político mundial em 2008, quando John McCain ofereceu a candidatura à Vice-Presidência, deixou o governo do Alasca um ano mais tarde, em julho de 2009, quando faltava um ano e meio para completar seu primeiro mandato à frente deste estado.

Explicou que deixava o posto de governadora por causa da grande pressão sentida após sua passagem pela cena nacional, assim como pela lista de reivindicações e queixas relacionadas aos acordos políticos de honestidade duvidosa realizados no seu estado.

Sua demissão não foi bem recebida inclusive por um importante número de republicanos, que não viram com bons olhos o abandono do posto.

Nesse momento, sua popularidade caiu nas pesquisas para 39%, mas agora, devido em boa parte a seu livro, que é um "best seller", e à viagem que realiza para promovê-lo, seu nível de aceitação recuperou os níveis prévios a sua renúncia.

A pesquisa da "CNN" revela que sua popularidade está no topo novamente entre os republicanos, que oito em cada dez afirmam ter uma opinião favorável a esta conservadora ferrenha.

Ao contrário, entre os democratas, são sete em cada dez os que não querem nem vê-la. Os independentes têm opiniões divididas, mas, em geral, os homens as veem com melhores olhos do que as mulheres.

Os pesquisadores indicam que o fato de os homens terem melhor opinião de Palin que as mulheres não têm a ver com que normalmente as segundas têm mais simpatias pelo Partido Democrata que os primeiros, já que inclusive em círculos republicanos são mais homens que mulheres os que gostam da ex-governadora.

Isto prova que a estratégia de McCain de colocar Palin na chapa para atrair o voto feminino não foi correta, já que, aparentemente, o que produz a ex-governadora entre as mulheres é mais rejeição do que outra coisa.