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Domingo, 16 de junho de 2024

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Jerusalém deve ser a futura capital de dois Estados, diz UE

Países europeus pediram nesta terça-feira que Jerusalém se torne a futura capital de dois Estados --um palestino e outro israelense-- em caso de um acerto negociado, tentando, assim, encontrar uma fórmula de compromisso, após uma controvérsia com Israel.


Em uma declaração comum dos 27 países da UE, os ministros das Relações Exteriores, reunidos em Bruxelas, manifestaram viva preocupação com o bloqueio do processo de paz.

Eles reafirmaram não ter reconhecido a anexação de Jerusalém Oriental, em 1967, por Israel, e confirmaram sua recusa em aceitar as mudanças das fronteiras ocorridas após esta data, além das aceitas pelas duas partes. Seria uma maneira de deixar a porta aberta a uma modificação de sua posição dentro de um eventual acordo de paz global, e tranquilizar Israel.

"Se deve haver paz real, é preciso encontrar, através da negociação, uma maneira de resolver o estatuto de Jerusalém como futura capital de dois Estados", destacou o documento europeu. Estas fórmulas foram temas de intensas negociações por vários dias entre países europeus, divididos sobre a questão e pressionados pelos protestos israelenses.

A iniciativa do texto foi lançada pela presidência sueca da UE. Mas, contrariamente ao desejado por Estocolmo, os ministros europeus recusaram-se a ser mais explícitos sobre os contornos de um futuro Estado palestino.

Enquanto um primeiro projeto de texto sueco deixava claro que o futuro Estado palestino deveria ser composto por Cisjordânia, faixa de Gaza e Jerusalém Oriental, a versão final apenas indica que o futuro Estado palestino deve ser contíguo a Israel e viável.

Solução imposta

Vários países, entre eles a República Tcheca e a Alemanha não querem que a UE imponha uma solução a Israel e aos palestinos.

"Decidir aqui em Bruxelas o que deve ser o estatuto de Jerusalém seria muito frustrante para os negociadores israelenses e palestinos", disse o ministro italiano Franco Frattini.

Mas outros ministros europeus preferem que a UE --principal fornecedora de fundos aos palestinos e tradicionalmente mais atenta às suas preocupações que os Estados Unidos-- seja mais direta neste assunto delicado.

Em carta aberta à UE, o prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, advertiu segunda-feira os europeus contra uma divisão da cidade. "Na história do mundo, nenhuma cidade importante que foi dividida funcionou com sucesso. A divisão de Jerusalém seria uma ameaça grave não somente para o futuro de Jerusalém, mas também para o papel futuro da UE no processo de paz", advertiu.

Israel considera o conjunto de Jerusalém, e inclusive a parte oriental cuja anexação não é reconhecida pela comunidade internacional, como sua capital eterna e indivisível.
O exercício diplomático dos últimos dias não deve melhorar as relações entre a Suécia e Israel, tradicionalmente tensas.

Em setembro passado, o chefe da diplomacia sueca Carl Bildt teve de cancelar uma viagem prevista a Israel após ter-se recusado a condenar um artigo de imprensa divulgado em seu país que acusava, sem provas, o Exército israelense de ter participado do tráfico de órgãos de corpos palestinos.
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