O ator americano Brad Pitt, protagonista de "O curioso caso de Benjamin Button", que concorre a 13 Oscars, afirmou que o maior sucesso na vida de um ator é fazer papéis que fiquem na memória. "Isso para mim é o maior reconhecimento, a maior vitória, e acho que com 'Benjamin Button' consegui", disse Pitt em uma entrevista ao jornal sérvio "Blic".

"Ser premiado é ótimo, receber um Oscar é algo fantástico, e nos sentimos mais do que felizes por estarmos na companhia dos indicados. Mas também, se não estivéssemos, teríamos deixado para trás um filme excelente", acrescentou.

"O curioso caso de Benjamin Button", de David Fincher, traz Pitt e Cate Blanchett como o casal protagonista e conta a história de um homem que nasce velho e vai rejuvenscendo com o passar do tempo. Pitt afirmou que, ao "envelhecer ao contrário", a pessoa alcança conhecimentos únicos para enfrentar de uma forma diferente as coisas comuns.

O filme narra também uma história de amor com expectativas diferentes, quando o protagonista, aos 50 anos, se apaixona por uma mulher de 30 e ambos tentam resolver o problema de tempo que vivem, diametralmente oposto.

"Sim, [essa história] destrói a ideia de 'felizes para sempre', a ideia de um amor eterno. A ideia do filme é que para o amor também há um tempo e lugar", explicou.

Pitt se mostrou "muito feliz" por voltar a trabalhar com Fincher, com quem tinha feito "O clube da luta" (1999). "A vida é curta, e por isso quero trabalhar com as pessoas de quem gosto e que respeito".

O ator, que tem seis filhos com a atriz Angelina Jolie, assegurou que a paternidade o ajudou a desempenhar bem o papel de Benjamin Button. "O filme fala da responsabilidade de quem traz uma criança ao mundo. Sua tarefa, como pai, é mostrar-lhe o mundo e preparar-lhe para a vida. Às vezes é muito difícil, porque as crianças sabem enlouquecer", afirmou Pitt.