O promotor Mauro Zaque, da Defesa do Patrimônio do Ministério Público Estadual (MPE), afirma que, independente da decisão que suspendeu as investigações acerca do superfaturamento dos maquinários do programa Mato Grosso 100% Equipado, continuará apurando o caso e defende a continuidade do inquérito policial.

Para Zaque, o “desvio” dos R$ 44 milhões, superfaturado na aquisição de 705 máquinas pesadas e caminhões, deve “ser investigado sempre”. O inquérito foi “arquivado” pelo juiz da Vara Especializada Contra o Crime Organizado, de Ordem Tributária e Crimes Contra a Administração Pública, José Arimatéia Neves Costa, a pedido do ex-secretário de Administração do Estado, Geraldo De Vitto, que foi exonerado por suposta participação em fraude na licitação.

Como se encontra fora de Mato Grosso, o promotor disse desconhecer o teor da decisão e assim que retornar a Cuiabá vai analisar a fundo o caso. No início deste ano o MPE solicitou a instauração de inquérito policial para apurar as denúncias de superfaturamento na compra dos equipamentos. O superfaturamento foi comprovado pela Auditoria Geral do Estado.

O MPE, no entanto, já protocolou, conforme divulgou o Olhar Direto, pedido de reconsideração parcial da decisão com de que não há motivos para que a investigação fosse suspensa, principalmente pelo “receio” de que o resultado da apuração seja utilizado por candidatos a cargos eletivos na campanha eleitoral.