O deputado federal Pedro Henry (PP) está inelegível por três anos e impedido de disputar a reeleição neste ano. A decisão foi tomada por unanimidade pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE/MT) decretou a inelegibilidade do parlamentar, durante sessão desta terça-feira (20), quando foi apreciada uma ação contra o progressista por abuso de poder econômico e utilização indevida de veículo de comunicação, na eleição de 2008.

Os magistrados também condenaram o irmão do deputado, Ricardo Henry (PP), ex-prefeito de Cáceres, e o candidato a vice Manoel Ferreira de Matos, punidos com a mesma pena. A defesa dos irmãos já adiantou que vai recorrer da decisão. Minutos após a manifestação do Pleno, Pedro Henry comentou sobre a decisão no Twitter e se defendeu. "O TRE julgou um processo da eleição municipal de Cáceres e declarou minha inelegibilidade por ter dado uma entrevista".

O parlamentar insinuou, no calor do momento, que o rival Pedro Taques, candidato ao Senado pelo PDT, pode ter influenciado na decisão da Justiça e o chama de "vidente". "O mais engraçado é que na entrevista eu não falo o nome de nenhum candidato. Também é engraçado o fato de o Pedro Taques ter anunciado esse resultado há alguns dias atrás. Pura vidência".

A briga entre Henry e Taques começou de forma "escancarada" depois que o deputado acusou o ex-procurador da República de suposto "conluio" com o juiz federal Julier Sebastião da Silva e com o procurador da República, Mário Lúcio Avelar, após a decretação da prisão de pessoas ligadas ao PP na Operação Jurupari, em especial a esposa do presidente da Assembleia Legislativa, Janete Riva.

Henry chegou a colher assinaturas de autoridades políticas na representação protocolada junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério Público Federal (CNMP) pedindo que fosse investigados supostos interesses políticos por trás das prisões. À época, chegou a dizer que a intenção era beneficiar Taques.

Atualizada às 10h51