Única mulher a disputar vaga na Assembleia Legislativa pelo PR, a ex-presidente do Sindicato das Indústrias de Vestuário de Mato Grosso (Sinvest), Cláudia Fagotti, afirmou, em visita ao Olhar Direto, que decidiu disputar vaga na Assembleia Legislativa com o propósito de alterar o cenário político, em massa ocupado por homens. Ela avalia que a carência de mulheres se dá em função da barreira imposta pelos próprios parlamentares já eleitos.

Cláudia, que é empresária do setor têxtil, pontua que resolveu concorrer a eleição neste ano depois de perceber, após seis anos na direção do Sinvest, que é possível fazer algo para angariar recursos para a área, responsável por empregar, segundo ela, cerca de 10 mil empregos diretos.

A republicana reclama que hoje o problema está na falta de capacitação de mão de obra para trabalhar no ramo de confecção, que conta com mais de 400 empresas formais em Mato Grosso. Conta, no entanto, que, em parceria com o Ministério da Integração, conseguiu, por meio do sindicato, a liberação de R$ 200 mil para a viabilização de um projeto de capacitação e aquisição de máquinas de costura.

“Além de qualificação é preciso reestruturar as empresas”, disse, lembrando que teve uma conversa com o governador Silval Barbosa (PMDB), candidato à reeleição, que lhe prometeu que, caso vença o pleito, fará um projeto que beneficie os 141 municípios mato-grossenses a partir da capacitação de profissionais na área têxtil.

Mercado em expansão

Apesar do número elevado de empresas, Cláudia explica que apenas 2% do que é comercializado no Estado é produzido pelas indústrias locais e, por isso, ela defende que é preciso expandir o mercado e fomentar o comércio da região.