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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Setor cultural cria PCult para ampliar debate com políticos e sociedade

Com uma bagagem de muitos anos de articulação, nasce o Partido da Cultura, PCult, um movimento suprapartidário cujo objetivo - simploriamente resumido - é ampliar o debate sobre as demandas culturais, criando um elo produtivo entre a Cultura, a classe política e a sociedade em geral.

Foto: Divulgação

Setor cultural cria PCult para ampliar debate com políticos e sociedade
Com uma bagagem de muitos anos de articulação, nasce o Partido da Cultura, PCult, um movimento suprapartidário cujo objetivo - simploriamente resumido - é ampliar o debate sobre as demandas culturais, criando um elo produtivo entre a Cultura, a classe política e a sociedade em geral.


O movimento já se organiza em 25 estados, inclusive em Cuiabá, onde foi gerado o embrião do PCult. Na última terça-feira (20) 50 pessoas, entre gestores culturais, produtores, jornalistas, conselheiros culturais e outros envolvidos se reuniram na capital mato-grossense para dar forma ao movimento.

Em entrevista ao Olhar Direto, Pablo Capilé, um dos articuladores da ação, faz um resgate histórico do setor nas últimas décadas e pontua que há quase duas décadas a classe cultural vem experimentando ações para construir um ambiente adequado.

Nos últimos anos, algumas vitórias já foram alcançadas, como, por exemplo, uma menor centralização dos recursos culturais no eixo Rio-São Paulo. Segundo Capilé, agora é chegado o momento de criar um entendimento da importância da atuação política no setor cultural.

O jornalista e escritor Alex Antunes, em texto publicado no blog do Partido da Cultura, fez uma boa relação entre os setores: “Pois toda a cultura é ‘política’, no sentido de que é a visão que um povo tem e constantemente reelabora de si mesmo; o começo e o fim do processo da identidade psicossocial. E toda a política também é ‘cultura’, no sentido de que são os atores sociais, ao encenar os anseios do país, que rascunham o roteiro do nosso destino”.

Tendo esse entendimento na base, o Pcult quer levar o diálogo cultural às mais altas instâncias de poder, mostrando que a cultura é tão importante quando a saúde, a educação e outros. Da mesma forma, criar essa consciência na sociedade, que, afinal, é quem vota e é quem cobra os eleitos – ou deveria.

Linha Dura, outro importante articulador cultural em Mato Grosso e que também está no início da formação do PCult, acrescenta que o diferencial do movimento é a falta de conflito de interesses, já que a discussão traz benefícios a todos os envolvidos. “Nós estamos criando forças. Todos querem melhorias no setor cultural”, comenta.

As eleições 2010

Pablo Capilé também explica a importância de o PCult engajar um novo posicionamento agora, quando se aproximam as eleições. Inicialmente, o foco do movimento será envolver e sensibilizar os candidatos sobre as demandas do setor, o que pode deixar os próximos deputados, senadores e governadores mais perto das reais necessidades da cultura. “Cultura não é só arte. É comportamento, identidade”, comenta Capilé.

Discutindo as demandas, os candidatos podem trabalhar de maneira mais eficiente as propostas e plano de governo para a área. É produtivo para os todos os lados.

Na reunião realizada na última terça, candidatos a deputado estadual e representantes dos candidatos ao governo estadual Mauro Mendes (PSB) e Wilson Santos (PSDB) já estiveram presentes.

Dado o pontapé, serão realizadas assembléias gerais toda semana, às terças-feiras, até que as eleições sejam realizadas.

Na próxima terça (27) será fechada uma carta de propostas para ser apresentada aos candidatos. Todos os que concorrem ao governo estadual terão a oportunidade de, em uma reunião, apresentar suas propostas para setor cultural. Mauro Mendes (PSB) e Wilson Santos (PSDB) já confirmam presença.

Os candidatos ao Senado também terão o mesmo espaço, e já confirmaram interesse em participar: Blairo Maggi (PR), Antero Paes de Barros (PSDB), Pedro Taques (PDT), Carlos Abicalil (PT) e Procurador Mauro (PSOL).

A todos, serão apresentadas as principais demandas culturais, uma lista que, segundo frisa Capilé, não é constituída por itens discutidos agora, mas que são resultado de muito diálogo nos últimos anos, nos conselhos municipais, estaduais e federal de cultura.

Entre as reivindicações está a fixação de um percentual a ser aplicado no setor, planejamento de metas e recursos na Lei Orçamentária Anual (LOA), o comprometimento em nomear pessoas qualificadas para comandar as pastas da cultura, entre muitas outras.

Difusão

Quem quiser saber mais sobre o Partido da Cultura em pode acompanhar as ações pelo Twitter regional @Pcult_MT, ou ainda pelo blog do movimento, clicando aqui. A reunião realizada na terça-feira foi transmitida ao vivo pela Twitcam e, em breve, será lançado um Podcast com os conteúdos de vídeo e áudio registrados nas assembleias.
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