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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Brasileiros só não estão mais otimistas que indianos em relação à crise, revela pesquisa

Pesquisa internacional, realizada em 17 países, demonstra que os brasileiros figuraram como o segundo povo mais otimista em relação à crise econômica mundial, atrás apenas da Índia. A pesquisa do Ibope Inteligência, em parceria com a rede global de pesquisas Worldwide Independent Network of Market Research, divulgada hoje (15), mostra ainda que os brasileiros estão em segundo lugar também, atrás apenas dos chineses, em confiança na capacidade do governo em administrar a crise.


A pesquisa “A Crise no Mundo” foi realizada durante a segunda quinzena de novembro e a primeira quinzena de dezembro de 2008. A maioria das entrevistas foi feita via internet e por telefone, com exceção de Brasil, Índia e Rússia, onde os depoimentos foram coletados pessoalmente. No Brasil, foram realizadas duas mil entrevistas em todo o território nacional e, nos demais países, entre 500 e duas mil entrevistas.

Na Índia, 39% das pessoas afirmaram achar que nos próximos três meses o país vai melhorar, enquanto no Brasil foram 34% e na China, 27%. Os países mais pessimistas foram Reino Unido, onde 78% das pessoas disseram acreditar que o país vai piorar no próximo trimestre, o Japão, com 70% das respostas pessimistas, e a Alemanha, com 68%.

Os brasileiros foram os mais otimistas quanto à esperança de aumento da renda familiar. Para 79% dos entrevistados no país, a renda familiar vai aumentar nos próximos 12 meses. Atrás do Brasil, nesse quesito, vem a Índia, onde 47% esperam melhora na renda familiar. Em terceiro está a China, com 38%. Coréia (onde 53% acreditam em piora na renda familiar), Islândia (50%) e Japão (45%) foram os países mais pessimistas.

O Brasil foi ainda o segundo país a mais confiar na capacidade do governo em administrar a crise, atrás apenas da China. Numa escala de 1 a 10, os chineses deram, em média, nota 7 para a capacidade de seu governo lidar com a crise, enquanto os brasileiros deram 6,7, e os indianos 6,6. As menores notas foram recebidas pelos governos do Japão (3), Alemanha (4) e Islândia (4,4).

De forma geral, entre os países mais otimistas estão Índia, Brasil e China. Em praticamente todos os indicadores, esses países dividem a liderança em menções positivas, “reflexo do momento vivenciado recentemente, de desenvolvimento econômico, crescimento acentuado de PIB, industrialização e controle da inflação”, diz o texto da pesquisa.

Ainda com grande otimismo em relação ao futuro de seu país, mas em patamar ligeiramente inferior a Índia, Brasil e China, aparecem os Estados Unidos, considerado um dos países mais atingidos pela atual crise. “A crença no futuro promissor pode ser atribuída à vitória de Barack Obama nas recentes eleições ou à herança do título de maior potência econômica mundial”, afirma o texto.

No Brasil, os resultados registram tendência mais otimista entre pessoas de menor renda, que residem nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. As regiões Norte e Centro Oeste são as que melhor acreditam na situação econômica nos próximos três meses (47%). O Nordeste vem em segundo lugar (44%). O Sudeste foi a região onde menos pessoas disseram esperar melhora econômica (24%) e onde mais entrevistados afirmaram achar que a situação econômica vai piorar (24%).

As classes D e E no Brasil são as mais otimistas: 47% acreditam em melhora, na classe C, 31%, e na A e B, 25%. As classes A e B são as mais pessimistas, 26% disseram esperar que a situação econômica vai piorar.

“Os programas e ações desenvolvidas pelo governo para as classes mais baixas provavelmente contribuíram para os índices de aprovação do atual governo e se refletem também nessa avaliação de confiança no governo e na situação financeira dos brasileiros”, avalia o estudo.

No todo, a pesquisa ouviu 16 mil pessoas, em 17 países, sobre o futuro de seu país, de sua renda e da confiança no governo, nos bancos e nas ações de mercado. Alemanha, Áustria, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Inglaterra, Itália, Islândia, Japão, Rússia e Suíça participaram do estudo.
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