A cúpula regional do Partido da República (PR) e da executiva da sigla em Rondonópolis defendem a demissão imediata do secretário adjunto de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Minas e Energia (Sicme), Elio Raisa, sob argumento de insubordinação.
 
Rasia é uma indicação política do presidente regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes, mas hoje não conta mais com o respaldo de seu "padrinho político", segundo apurou o Olhar Direto.

Fagundes também seria favorável à demissão do adjunto da Sicme, porque, "de fato, a insubordinação de Rasia está confirmada". O titular da Sicme, Pedro Nadaf, também apoiaria a exoneração de Elio Rasia, informaram fontes do Palácio Paiaguás. Por telefone, Nadaf nega qualquer apoio à demissão de seu adjunto, mas admite que existe uma forte pressão política neste aspecto.

"Mas trata-se de uma decisão política e partidária do PR e não da minha parte", assegurou Nadaf.  

A despeito da ponderação do secretário, segundo fontes da secretaria e do PR, Rasia agiu em desconformidade com os preceitos da boa administração e contrário às orientações do partido ao assinar, no dia 30 de junho, resoluções que permitiram enquadramento de empresas nas prioridades do FCO (Fundo Consttucional do Centro Oeste), via cartas consultas, e no Prodeic (Programa de Desenvolvimento Industrial).

As resoluções foram assinadas por Raisa na condição de titular da Sicme, mas foram anuladas no último decênio de julho por Pedro Nadaf. "O que ele (Elio Rasia) fez ultrapassou os limites do bom senso, diria até anti-ético", afirmou uma fonte da secretaria.

Somete em uma das resoluções, a 027/2011, o adjunto de Nadaf  enquadrou nada menos do que 48 empresas (indústrias têxteis, papel e celulose, pré-moldados, reciclagem, metalurgia, termelétricas etc) no Prodeic. Contudo, ao retormar o cargo, Pedro Nadaf, através da resolução 035/2011, tornou sem efeito o enquadramento autorizado por Rasia por "incoformidade documental".

A reportagem tentou entrar em contato com o secretário adjunto de Desenvolvimento da Indústria e até o momento não obteve retorno.

Mais informações em instantes/Primeira atualização às 15h51/Segunda atualização às 16h10.