Secretário adjunto de Segurança Pública (Sesp), Alexandre Bustamante acredita que os recentes assaltos a caixas eletrônicos e o fortalecimento das quadrilhas especializadas nesse tipo de crime são resultado da ação das polícias do Estado, que estão atuando em várias frentes para reprimir os arrombamentos.
“Isso é um reflexo do endurecimento da segurança pública em algumas frentes. Há um forte aparato da inteligência atuando para tentar antecipar a ação desses criminosos”, afirmou o secretário, durante entrevista ao Olhar Direto, por telefone.
Ele ressalta que a Segurança Pública tem agido em duas frentes, sendo nas ações pontuais e no Congresso Nacional. “São necessárias leis para facilitar nosso trabalho e, para isso, dependemos de ações no Congresso”.
Pensando nessa atuação, o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, tem participado constantemente do Colégio de Secretários de Segurança (Conasp), onde são debatidas propostas para adequações e alterações nos projetos de lei voltados para o setor.
Quanto às ações consideradas pontuais e primordiais para reprimir a os assaltos a caixas eletrônicos, Bustamante explicou que a divulgação inviabilizaria os trabalhos das polícias. “A Segurança está atuando e criando mecanismos, mas é importante que não se divulgue para não atrapalhar”.
As práticas mais comuns em Mato Grosso são novo cangaço, sapatinhos e saidinha de banco, além dos recorrentes arrombamentos a caixas eletrônicos, mas o aprimoramento das quadrilhas tem gerado uma nova onda de assaltos aos terminais com o uso de dinamite e escudo humano.
Em Mato Grosso, inicialmente as quadrilhas usavam maçaricos para abrir os caixas eletrônicos, mas com a utilização de explosivos a ação se torna mais rápida, apesar de chamar mais a atenção, por isso, o uso de reféns.
Modalidades:
Novo cangaço – quadrilha com armamento pesado invade as agências bancárias no horário de funcionamento e rende clientes e funcionários utilizando armamento pesado;
Sapatinho – o bando rende a família do gerente do banco e o obriga a conseguir altas quantias para liberação;
Saidinha – as vítimas são rendidas nas saídas das agências com considerável quantia em dinheiro.
Leia também:
Nova onda de assaltos a caixas eletrônicos atinge MT e quadrilhas se fortalecem com uso de escudo humano
