O Conselho de Ética retomou às 14h30 desta terça-feira (26) o depoimento do deputado Edmar Moreira (Sem partido-MG), que ganhou notoriedade por ter um castelo de R$ 25 milhões no nome dos filhos e é investigado por uso irregular de verba indenizatória. Moreira fez sua defesa no Conselho na quarta-feira (20) da semana passada, mas não respondeu ainda a nenhuma pergunta dos colegas. Ele chegou a dizer que não voltaria ao Conselho, mas mudou de idéia.

A denúncia contra Moreira chegou ao Conselho de Ética depois de investigação preliminar na corregedoria da Câmara, realizada por uma comissão de sindicância. Segundo esta investigação, o deputado dono do castelo utilizou notas de uma empresa de sua propriedade para receber recursos da verba indenizatória. Ele não conseguiu convencer a comissão de que os serviços realmente foram prestados.

Na semana passada, o deputado dono do castelo usou o ataque como sua defesa. Ele acusou o corregedor, ACM Neto (DEM-BA), de não ter isenção para investigá-lo porque o DEM o expulsou após as denúncias. Pediu ainda que os dois titulares e os três suplentes do seu ex-partido no Conselho de Ética sejam excluídos do processo contra ele. O pedido não foi colocado em votação porque o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), entendeu que o afastamento não era regimental.

A previsão é de que a sessão desta tarde seja iniciada com questionamentos do novo relator do processo, o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI). Ele ocupa a função em substituição a Sérgio Moraes (PTB-RS), afastado do cargo após dizer que o colega era “boi de piranha” e que estava “se lixando para a opinião pública”.