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Domingo, 28 de abril de 2024

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Mangabeira viaja a Moscou para reunião dos BRINC

O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, viajou hoje (27) a Moscou onde participará como representante brasileiro de um encontro de dois dias, destinado a debater a situação da economia e da segurança mundiais com representantes da Rússia, China e Índia.


O encontro das potencias emergentes debaterá o futuro dos novos arranjos institucionais numa discussão que adquiriu maior relevância política diante da crise econômica e financeira atual. Além disso, também irá tratar da necessidade de reforma dos mecanismos multilaterais criados há meio século.

“Temos uma agenda transformadora. Não discutiremos mais quantas cadeiras temos que aumentar ao atual modelo. Queremos discutir o próprio modelo”, disse o Ministro em entrevista à imprensa.

Mangabeira se reunirá com o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, general Nicolai Patrushev, o assessor de Segurança Nacional da Índia, K. M. Narayanan e Dao Bingguo, um dos cinco conselheiros de Estado, encarregado das relações externas da China.

Os quatro países emergentes pretendem debater o papel do dólar americano como moeda reserva: “A China está desconfortável e deixou claro que não permitirá que a economia mundial fique presa às vicissitudes dos altos e baixos de uma grande potência como os EUA”, disse o ministro brasileiro.

Da mesma forma, a agenda comum inclui a reforma do regime mundial do comércio como resposta à atual crise.

Entre os temas do encontro relacionados à segurança está a necessidade de retomar os mecanismos existentes no âmbito das Nações Unidas, que foram fragilizados nos últimos anos quando o sistema não respondeu aos interesses das grandes potências.

“É preciso construir um novo adensamento do sistema de segurança que resguarde os interesses das grandes potências, mas que também aumente o custo político para quem transgredir as regras”, disse Mangabeira.

O Brasil, único país entre os quatro BRIC que renunciou em tratados internacionais e no texto constitucional às armas atômicas, defende o desarmamento das potencias nucleares.

O ministro brasileiro lembrou que “na nova Estratégia Nacional de Defesa ficou explícita a renúncia esse armamento, mas também a determinação de estar na vanguarda da ciência e da tecnologia. Essa renúncia é expressão de uma vontade política, não de uma incapacidade científica”.

O encontro dos representantes de Assuntos Estratégicos precede a Cúpula dos BRIC prevista para o próximo 16 de junho na cidade russa de Ecaterimburgo.
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