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Domingo, 28 de abril de 2024

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Corregedor descarta investigar Sarney por empresa de empréstimo consignado neto

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), descartou nesta quinta-feira abrir uma investigação contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pelo fato de um de seus netos operar empréstimos consignados para servidores da instituição Na avaliação de Tuma, Sarney não cometeu nenhum crime.


O corregedor disse que é preciso aguardar a conclusão das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público sobre as denúncias de desvio de recursos públicos por meio destes contratos de empréstimos. "Até este momento não há nada que indique que ele cometeu algum crime. É preciso aguardar as investigações da Polícia Federal, do Ministério Público para saber se houve ilegalidades e se elas tiveram a participação de senadores", disse.

Tuma afirmou que tem acompanhado as apurações da PF e espera ainda o resultado de um cruzamento de dados realizado pelo Banco Central sobre as movimentações financeiras das empresas que intermediavam os empréstimos. "Esse levantamento é importante para identificar as ligações dessas empresas, os bancos e os recursos", afirmou.

A PF e a Procuradoria investigam as empresas que intermediavam as movimentações financeiras, além de detalhes do sistema de crédito disponibilizado aos servidores. As investigações começaram no mês passado estão sendo investigadas três empresas ligadas ao ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi. Segundo o corregedor,a empresa do neto de Sarney também deve ser investigada.

De acordo com reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o esquema de empréstimo consignado para servidores do Senado inclui entre seus operadores José Adriano Cordeiro Sarney, neto do peemedebista. Segundo o jornal, de 2007 até hoje a empresa de José Adriano teve autorização de seis bancos para intermediar a concessão de empréstimos com desconto na folha de pagamento.

Adriano Sarney é filho do deputado Zequinha Sarney (PV-MA). O neto do presidente do Senado disse, na reportagem, que sua empresa fatura por ano menos de R$ 5 milhões.

Reportagem publicada no mês passado pela Folha Online mostrou que o suposto esquema de fraudes pode ter atingido 1.200 servidores da Casa. Um levantamento da Secretaria de Recursos Humanos identificou que esses funcionários tiveram empréstimos autorizados acima da margem permitida --que era de até 30% do salário --na gestão de Zoghbi.

Ao ignorar os limites, o Senado aumentou em R$ 1,1 milhão por mês o repasse para os bancos --sendo que hoje são desembolsados R$ 12,5 milhões ao mês dos vencimentos de 4.100 servidores que fizeram este tipo de empréstimo.
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