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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

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Funcionários da embaixada britânica são detidos no Irã

Autoridades em Teerã prenderam oito funcionários da embaixada britânica local, afirmou a mídia iraniana neste domingo, em iniciativa que ressalta o esforço da liderança linha dura do país em responsabilizar as forças estrangeiras e não a raiva popular pelos protestos após as eleições.


Os britânicos chamaram a ação de "abuso e intimidação" e exigiram que todos os funcionários da embaixada, que ainda estão detidos, sejam liberados.

O líder supremo Aiatolá Ali Khamenei denunciou o que ele considera serem "declarações de interferência" por oficiais ocidentais após a disputada eleição presidencial no Irã, relatou a mídia estatal.

"Se a Nação e os oficiais (iranianos) forem unânimes e unidos, então as tentações internacionais e as políticas cruéis e de interferência não mais terão impacto", afirmou Khamenei, segundo a rádio estatal.

O Ocidente e o Irã enfrentam um impasse sobre o programa nuclear da República Islâmica e sobre como lidar com a agitação social. Os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e seus aliados pedem que Teerã abandone o enriquecimento de urânio, que eles suspeitam ter como fim a produção de bombas. O Irã sustenta que o seu programa nuclear tem fins pacíficos.

Khamenei, no dia 19 de junho, chamou a Grã-Bretanha de "o mais traiçoeiro" dos inimigos, que ele acusa de orquestrar os protestos sem precedentes que começaram depois das eleições do dia 12 de junho.

As ruas de Teerã voltaram a uma repentina calma após a polícia e milícia religiosa combaterem as imensas manifestações, nas quais pelo menos 20 pessoas morreram.

As autoridades, enquanto tomavam duras ações para combater os protestos, acusaram repetidamente a Grã-Bretanha e os Estados Unidos de incitar os tumultos. Os dois países negam as acusações.

"Oito empregados locais da embaixada britânica, que tiveram um papel considerável nas recentes manifestações, foram tomados em custódia", afirmou a semi-oficial agência de notícia Fars, sem dizer quando.

O secretário britânico para assuntos estrangeiros, David Miliband, disse que cerca de nove foram presos, mas que alguns já foram liberados.

"Nós ainda estamos preocupados com alguns deles que, de acordo com o que sabemos, ainda não foram liberados", ele disse a repórteres em uma conferência em Corfu.

"A ideia de que a embaixada britânica está de alguma forma por trás das demonstrações e protestos que estão acontecendo em Teerã nas últimas semanas é totalmente sem fundamento", acrescentou.
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