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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

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Situação de palestinos em Gaza é "desesperadora", diz Cruz Vermelha

Um relatório da Comissão Internacional da Cruz Vermelha divulgado nesta segunda-feira afirma que o bloqueio israelense à faixa de Gaza deixa um milhão e meio de palestinos "desesperados" e "sem condições para reconstruir suas vidas".


O relatório foi divulgado seis meses depois da última ofensiva israelense à Faixa de Gaza, iniciada no dia 27 de dezembro de 2008, que deixou pelo menos 1.300 palestinos mortos.

Segundo o relatório, milhares de pessoas que perderam suas casas durante a ofensiva israelense não têm abrigos adequados.

O documento menciona a necessidade urgente de materiais de construção e medicamentos básicos e afirma que o colapso da economia da faixa de Gaza levou a um aumento significativo da pobreza na região.

"O nível de pobreza na região é alarmante", afirma o relatório, que também menciona que o número de crianças desnutridas na faixa de Gaza aumentou.

De acordo com a Cruz Vermelha, o fornecimento de água à população da região é precário e o sistema de saneamento está "à beira do colapso".

A Cruz Vermelha afirma que "todos esses problemas decorrem diretamente do bloqueio rígido, decretado por Israel, às passagens terrestres para a faixa de Gaza, desde que o movimento islâmico Hamas tomou o poder há dois anos".

"Principal responsável"

De acordo com o porta-voz do primeiro ministro israelense, "o Hamas é o principal responsável pelas dificuldades da população civil em Gaza".

O porta-voz também declarou que "se a entrada de materiais de construção fosse autorizada, seria simplesmente impossível confiar que o Hamas não utilizaria os materiais para sua máquina militar".

As autoridades israelenses afirmaram que permitem a entrada na faixa de Gaza somente de produtos básicos "com fins humanitários" e condicionam o fim do bloqueio à libertação do soldado israelense capturado há três anos pelo Hamas, Gilad Shalit.

Os produtos cuja entrada na faixa de Gaza é permitida por Israel pertencem basicamente a três categorias: alimentos, medicamentos e materiais de limpeza.

Todos os outros são proibidos, inclusive materiais de construção como cimento e ferro, necessários para reconstruir a infraestrutura da faixa de Gaza que ficou seriamente danificada depois da ofensiva israelense.

Aparelhos elétricos como geladeiras e máquinas de lavar também não podem entrar em Gaza, além de peças para veículos, tecidos, lâmpadas, livros, instrumentos musicais, roupas e sapatos.

A severa limitação aos produtos faz parte da tática adotada pelo governo israelense para pressionar a população palestina e assim tentar enfraquecer o poder do Hamas na região.
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