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Sábado, 27 de abril de 2024

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Em tempo de pandemia

Turista deve considerar prós e contras de viagem

A pandemia da gripe A (H1N1) -num primeiro momento chamada de gripe suína, nome abandonado pela Organização Mundial da Saúde.

A pandemia da gripe A (H1N1) -num primeiro momento chamada de gripe suína, nome abandonado pela Organização Mundial da Saúde -vem atrapalhando os planos de viajantes em todo o mundo. Conforme o vírus se espalha pelo globo, mais destinos -e viagens- são afetados.


Primeiro, foram México, Canadá e Estados Unidos. Com o aumento dos casos no Chile e na Argentina, o Ministério da Saúde recomendou que as viagens para os dois destinos -muito populares entre os brasileiros- fossem adiadas.

A recomendação do governo brasileiro gerou reação da presidente chilena, Michelle Bachelet, que criticou a orientação, dizendo que "a única solução é trabalhar em conjunto, e não fechar portas".

Na Argentina, onde a gripe A foi um dos motivos da renúncia da ministra da Saúde, Graciela Ocaña, na segunda-feira, a recomendação foi avaliada como razoável.

Anteontem, a cidade de Buenos Aires e mais quatro Províncias declararam emergência sanitária. Segundo o Ministério da Saúde argentino, o país registrava 26 mortes até terça-feira -a imprensa local estimava os óbitos em mais de 40.

A maioria dos médicos ouvidos pela Folha recomenda que pessoas do chamado grupo de risco, mais suscetíveis a complicações, não viajem neste momento.

"A letalidade da gripe A está dentro do padrão da gripe comum. Fora do grupo de risco, a decisão é da pessoa. Mas é preciso viajar consciente da situação", diz Juvêncio Furtado, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.

É fato que muitas viagens envolvem a prevenção de doenças presentes em outros países ou mesmo em regiões diferentes do Brasil - neste ano, até o último dia 19, a Bahia havia registrado 92.743 casos de dengue, com 55 mortes, segundo a secretaria de Saúde do Estado.

Muitas doenças apresentam um índice de letalidade muito maior do que o da gripe A - a raiva, por exemplo, tem taxa de mortalidade praticamente de 100%, e a febre amarela, também presente no Brasil, tem letalidade de 20% a 50% nos casos mais graves.

A gripe A também vem ganhando mais força no Brasil. A primeira morte pela doença no país foi registrada no último domingo. Até o fechamento desta edição, na última terça-feira, o país registrava 680 casos confirmados. No mundo todo, segundo o último boletim da OMS, de 29/6, o total acumulado era de 70.893 casos -com os novos casos brasileiros, 70.948- e 311 mortes.

Quem desistir da viagem deve se informar sobre a possibilidade de receber o dinheiro gasto de volta ou de mudar o destino. Para o Procon-SP, as operadoras e agências devem devolver o dinheiro sem multa.

Quem decidir encarar a viagem apesar da gripe A pode tomar cuidados para evitar o contágio, como ficar longe de aglomerações e lavar as mãos várias vezes ao dia. E se preparar para, eventualmente, passar alguns dias confinado, no destino escolhido ou de volta ao Brasil.
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