A terceira onda de ataques hackers atingiu sete sites na Coreia do Sul nesta quinta-feira (9), mas seis deles já foram recuperados.

Os ataques tiveram início no sábado (4) e atingiram mais de duas dezenas de sites nos Estados Unidos e na Coreia do Sul, incluindo páginas da Casa Branca e do presidente da Coreia do Sul.

A agência de inteligência sul-coreana insinuou que os ataques teriam sido executados por hackers vinculados à Coreia do Norte, mas apresentou poucas evidências sobre o caso.

Caso a Coreia do Norte seja responsável, isso representaria uma escalada nas tensões que já andam altas desde o teste nuclear de Pyongyang em maio, do disparo de sete mísseis balísticos este mês, e de repetidos insultos da imprensa oficial do país aos seus tradicionais inimigos em Seul e Washington.

Ku Kyo-young, da estatal Comissão Coreana de Comunicações, diz que a mais recente onda de ataques não foi tão grave. "Os danos do último ataque foram limitados porque os sites tomaram as medidas necessárias para se protegerem". A estratégia de proteção inclui, segundo o especialista, maneiras de desviar o tráfego das visitas e aumentar a capacidade de lidar com as investidas potencialmente nocivas dos hackers.

Segundo especialistas em segurança, os hackers utilizaram ataques de "negação de serviço", conhecidos como Distributed Denial of Service (DDoS). Nesse golpe, vários computadores são usados para atacar apenas uma máquina. Esses computadores são máquinas "zumbis" contaminadas que sobrecarregam os alvos com acessos fajutos, "travando" o sistema.

Na empobrecida Coreia do Norte, poucas pessoas têm acesso à internet, mas fontes de inteligência em Seul afirmam que o país dispõe de uma unidade especializada em ataques computadorizados.