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Sábado, 11 de maio de 2024

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Senado confirma que ex-vice dos EUA ordenou omissão de programa antiterrorista

A presidente do Comissão de Inteligência do Senado dos Estados Unidos, a democrata Dianne Feinstein, confirmou neste domingo que o ex-vice-presidente Dick Cheney ordenou à CIA (agência de inteligência americana) que não informasse ao Congresso americano sobre um programa antiterrorista secreto.


A senadora confirmou, em entrevista ao canal de televisão Fox News, que o atual diretor da agência, Leon Panetta, se reuniu com alguns membros do Congresso em 24 de junho passado e descreveu o programa até então secreto. Ela, assim como outros nomes envolvidos no caso, não deram detalhes sobre o programa.

Diretor da CIA, Leon Panetta, assumiu que a agência de inteligência mentiu ao Congresso
Segundo Feinstein, Panetta afirmou nesse encontro que "Cheney tinha ordenado que não se informasse ao Congresso" sobre esse projeto antiterrorista. O programa foi interrompido, segundo Panetta, quando ele assumiu a direção da agência a mando do presidente Barack Obama.

Feinstein disse que a decisão de esconder o programa "é um grande problema", porque "se afastou da lei".

O caso veio à tona na quinta-feira passada (9), quando a imprensa americana revelou a reunião e afirmou que Panetta admitiu que a agência escondeu "fatos significativos" ocorridos entre 2001 até recentemente.

Seis membros do Comitê de Inteligência da Câmara de Representantes (Câmara dos Deputados), que participaram da reunião, enviaram uma carta ao diretor da CIA pedindo mais informações sobre esse depoimento. A carta vazou à imprensa e o caso veio à tona.

Na carta, os legisladores indicam que Panetta disse, em um testemunho recente, que "funcionários de alta hierarquia na agência tinham escondido ações significativas de todos os membros do Congresso' e "tinham enganado legisladores" desde 2001.

A carta foi assinada pelos democratas Anna Eshoo, da Califórnia; John Tierney, de Massachusetts; Rush Holt, de Nova Jersey; Mike Thompson, da Califórnia; Alcee Hastings, da Flórida, e Jan Schakowsky, de Illinois.

As revelações ocorrem dois meses depois de a presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, afirmar publicamente que a CIA tinha enganado os legisladores em seus relatórios sobre o uso de torturas nos interrogatórios de supostos terroristas.

Panetta respondeu então a Pelosi que a CIA não havia nem mentido nem enganado os legisladores, que, por serem membros dos comitês de inteligência, não revelam os assuntos que são comunicados como secretos.

O jornal "The New York Times" afirmou em reportagem neste sábado que Panetta soube da existência do programa em 23 de junho passado, um dia antes de sua reunião com Feinstein e com outros legisladores de alta categoria.

Assim como Feinstein, outros legisladores americanos reclamaram neste domingo da decisão de Cheney, que manteve o programa em sigilo durante oito anos.

A senadora democrata Debbie Stabenow disse à CNN que o ex-vice-presidente "prejudica a credibilidade da CIA". O senador republicano Judd Gregg reconheceu à mesma rede de televisão que "a informação devia ser compartilhada" com o Congresso.

Cheney desempenhou papel fundamental na administração Bush na defesa de métodos controversos de interrogatório em suspeitos de terrorismo. Após o final de seu mandato, tornou-se um dos principais críticos das políticas de segurança nacional da administração Obama.
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