O procurador-geral do Estado de Israel, Menachem Mazuz, anunciou nesta segunda-feira o fechamento por falta de provas de um dos casos de tráfico de influência que envolviam o ex-premiê do país, Ehud Olmert.

A decisão era esperada, depois que, em março, a polícia deu por encerrada a investigação sobre as suspeitas de que Olmert tinha se beneficiado de seu cargo para comprar um imóvel por um preço muito inferior ao de mercado.

Durante os três anos de investigações, os agentes da brigada antifraude tentaram determinar se Olmert tinha impulsionado como contrapartida a construção de um projeto imobiliário, durante sua etapa como ministro da Indústria e Comércio, entre 2003 e 2006.

O caso veio à tona em 2006 quando o controlador do Estado, Micha Lindestrauss, referiu-se, em um relatório, à suposta relação fraudulenta entre o ex-chefe de governo e sua mulher com um corretor imobiliário de Jerusalém.

Em abril passado, a Procuradoria decidiu fechar outro caso de tráfico de influência contra Olmert, daquela vez sobre as suspeitas de que tinha ajudado um empresário amigo dele, o australiano Frank Lowy, durante a privatização do Banco Leumi, um dos principais de Israel.

O ex-premiê tem, no entanto, outros três casos abertos: sobre as supostas nomeações de pessoas próximas a cargos públicos no Centro de Investimentos, sobre as suspeitas de que apresentou faturas duplicadas de viagens que fez ao exterior e um suposto crime de suborno em relação ao empresário americano Morris Talansky.

Segundo a imprensa local, Mazuz está à espera de uma audiência para apresentar contra o suspeito as acusações de suborno e corrupção por dois casos, como recomendou a polícia.

No ano passado, o "caso Talansky" obrigou Olmert a anunciar sua renúncia e convocar eleições primárias em seu partido, o Kadima, vencidas pela atual chefe da oposição, Tzipi Livni.