A Rússia suspendeu a proibição para importar carne e subprodutos crus bovinos de todo o território do Brasil, com exceção de três municípios, informou o Serviço de Controle Veterinário e Fitossanitário russo nesta segunda-feira.
A suspensão da medida se deve à "melhora da situação quanto à estomatite vesicular no Brasil", segundo um comunicado do órgão.
A restrição continuará em vigor apenas para as empresas de carne bovina de três municípios do Tocantins: Paranã, Jaú e Pedro Afonso.
Apesar de certa diminuição de suas vendas à Rússia, o Brasil continua sendo o principal fornecedor de carne bovina do mercado russo. Em 2008, exportou de 386,6 mil toneladas, 50,3% das importações russas desse tipo de carne.
No fim do mês passado, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, informou que o governo russo habilitou oficialmente dois frigoríficos de Santa Catarina a exportar carne suína "in natura" para o país.
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, havia antecipado a abertura do mercado russo para a carne suína brasileira quando esteve em missão oficial na Rússia, no início de junho. A habilitação dos frigoríficos vem depois de quatro anos de embargo, quando ocorreram focos de febre aftosa no Brasil.
Apesar do embargo aplicado à carne suína de Santa Catarina, o estado já é, há algum tempo, reconhecido pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa sem vacinação. No entanto, somente agora a Rússia reconhece o fato, iniciando o processo de habilitação dos frigoríficos catarinenses.