Várias organizações sociais convocaram nesta segunda-feira uma manifestação em passa para o próximo dia 24 de julho, quando o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, deve retornar ao país sob chamado de insurreição popular.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, a Frente Nacional Contra o Golpe de Estado, integrada por organizações sociais e membros do Partido Liberal, pediu uma "recepção apoteótica" para Zelaya.

"Convocamos todo o povo hondurenho para que esteja preparado e organizado para esta data, na qual se realizará a grande marcha para ir a seu encontro, no lugar e hora que serão determinados posteriormente", afirmou o comunicado.

O texto é assinado por dois ex-candidatos a deputado pelo Partido Liberal, Carlos Eduardo Reina e Rasel Tomé, assim como por Juan Barahona, secretário-geral da Confederação Unitária de Trabalhadores de Honduras (CUTH), e Carlos Reyes, dirigente do Bloqueio Popular.

O anúncio foi feito depois que Zelaya declarou o diálogo por uma solução à crise esgotado e pediu uma insurreição popular. O presidente deposto já havia tentado voltar ao país depois do golpe, em 5 de julho, mas o Exército hondurenho impediu a aterrissagem de seu avião no aeroporto de Tegucigalpa. Neste dia, os manifestantes pró-Zelaya tentaram entrar no terminal, mas foram impedidos pelos militares. O confronto deixou dois manifestantes mortos, embora o governo tenha negado qualquer disparo da polícia.