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Segunda fase

Mais um ex-secretário de Silval é preso; empresário, Nadaf e Cursi também são alvos

11 Mar 2016 - 07:54

Da Redação - Patrícia Neves/ Laíse Lucatelli

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Mais um ex-secretário de Silval é preso; empresário, Nadaf e Cursi também são alvos
A Delegacia Fazendária de Mato Grosso deflagrou na manhã de hoje, 11, a segunda fase da Operação Sodoma, que levou à prisão o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), além do ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, que estão encarcerados desde setembro e 2015, acusados de fraudes na concessão de incentivos fiscais. Desta vez mais um ex-secretário foi preso, Cézar Zílio, que comandou a pasta de Administração do Estado de Silval. Ele chegou a unidade policial por volta das 10h30, juntamente com a delegada Cleibe Aparecida de Paula. Aos jornalistas, ele nada declarou.


A ação de hoje apura a compra de um imóvel, supostamente, comprado com dinheiro de pagamento de propinas, pelos envolvidos, segundo a investigação. 

De acordo com informações do delegado Lindomar Tófolli, da Delegacia Fazendária, que comanda a ação, além da prisão de Zílio, dois empresários - sendo um deles do ramo gráfico - foram conduzidos coercitivamente. São eles Evandro Pontes, que já atuou como diretor do Departamento de Água e Esgoto em Várzea Grande, e Antônio Roni de Luz, que foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por um esquema envolvendo gráficas e a Assembleia Legislativa de Mato Grosso durante a gestão de José Riva. 

A Polícia Civil confirmou ainda que o ex-secretário Marcel de Cursi, além de Nadaf também são alvos dessa ação.  Trata-se do terceiro mandado de prisão expedido contra Nadaf.  Os dois ex-secretários foram presos na primeira fase da Sodoma (setembro de 2015)  a pedido do Ministério Público Estadual (MPE). Já no dia 1º de fevereiro deste ano, por um esquema de 'compra' duas vezes de uma área em Manso que causou prejuízos da ordem de R$ 7 milhões ao erário, nova ordem de prisão foi decretada contra Nadaf.

No total, cinco mandados de prisão preventiva foram expedidos nesta opetação e outros quatro de condução coercitiva.  Todos os mandados de prisão foram cumpridos. 
 
A Polícia Civil confirmou que o empresário Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum (que presta serviços de assessoria de crédito para servidores públicos) foi preso nesta manhã. Além dele,  a ex-assessora da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio), Karla Cecília de Oliveira. Também foram alvos: os ex-secretários César Zilio, Pedro Nadaf e Marcel de Cursi.Todas as ordens de prisão foram cumpridas, assim como os mandados de condução coercitiva. 

O esquema:
 
As investigações da Delegacia Fazendária apontam que parte dos cheques repassados como pagamento de propina a servidores públicos foram utilizados para aquisição de um imóvel localizado na avenida Beira Rio, bairro Grande Terceiro, em Cuiabá, pelos envolvidos. 
 
Na primeira fase do esquema, a ex-servidora da Federação do Comércio, Karla Oliveira, emprestou a conta bancária para descontar cheques para Nadaf.

A defesa de Oliveira, que estava sendo monitorada por tornozeleira eletrônica, afirmou nesta manhã, que ela era uma assessora que manteve um amizade vínculo de amizade e por isso descontou cheques em sua conta particular. 

Leia mais:
Desembargador indefere liminar para trancar ação da Sodoma e mantém prisões de Silval e ex-secretários

Nesta manhã, equipes das polícias cumpriram ordens em um edifício comercial instalado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA) e também em um dos apartamentos do edifício de luxo Torres do Parque, próximo ao Parque Mãe Bonifácia. Dezenas de caixas com materiais foram recolhidos durante ação de buscas.



A operação Sodoma 

Segundo as investigações, o valor supostamente corrompido de um programa de incentivos fiscais ultrapassa o montante de R$ 2,5 milhões. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso, a antiga Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Minas e Energia (Sicme), atual Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), teria concedido incentivos fiscais, via Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic), de forma irregular, para algumas empresas. 

A irregularidade foi confirmada pelo empresário João Batista Rosa, colaborador (inicialmente delator premiado) no caso.

*Atualizada às 09h05
*Atualizada às 09h18/10h05/11h31
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