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Sábado, 27 de abril de 2024

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Mais de 1,5 milhão no Reino Unido pede novo referendo sobre UE

Londres

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Uma petição pública no Parlamento britânico para que o Reino Unido realize outro referendo sobre a permanência na União Europeia (UE) superou neste sábado (25) 1,5 milhão de assinaturas. Na sexta-feira (24), foi divulgado o resultado do referendo em que 51,9% dos eleitores britânicos optaram por deixar associação com os países europeus. 


A solicitação fez com que o site da Câmara dos Comuns entrasse em colapso na sexta devido ao alto número de pessoas que entraram para aderir à proposta, segundo a Efe.

O texto, proposto por um cidadão identificado como William Oliver Healey, pede aos deputados a "implementação de uma norma pela qual se o voto para sair ou ficar (na UE) for inferior a 60%, com uma participação inferior de 75%, deveria ser convocado outro referendo.

Através de uma mensagem em seu site oficial, o parlamento afirmou que considerará este pedido para debate, o que se compromete a fazer com todas as iniciativas cidadãs que reúnam mais de 100 mil assinaturas. Uma comissão vai se reunir na próxima terça (28), quando poderá decidir se aprova a realização de um debate sobre o assunto.

Oficialmente, o referendo não é "vinculante", ou seja, ele não torna obrigatória a decisão de Mais de 1,5 milhão no Reino Unido pede novo referendo sobre UE Site da Câmara dos Comuns caiu devido ao alto nº de adesões.
Parlamento britânico considera debater pedido.

Uma petição pública no Parlamento britânico para que o Reino Unido realize outro referendo sobre a permanência na União Europeia (UE) superou neste sábado (25) 1,5 milhão de assinaturas. Na sexta-feira (24), foi divulgado o resultado do referendo em que 51,9% dos eleitores britânicos optaram por deixar associação com os países europeus. 
 

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A solicitação fez com que o site da Câmara dos Comuns entrasse em colapso na sexta devido ao alto número de pessoas que entraram para aderir à proposta, segundo a Efe.

O texto, proposto por um cidadão identificado como William Oliver Healey, pede aos deputados a "implementação de uma norma pela qual se o voto para sair ou ficar (na UE) for inferior a 60%, com uma participação inferior de 75%, deveria ser convocado outro referendo.

Através de uma mensagem em seu site oficial, o parlamento afirmou que considerará este pedido para debate, o que se compromete a fazer com todas as iniciativas cidadãs que reúnam mais de 100 mil assinaturas. Uma comissão vai se reunir na próxima terça (28), quando poderá decidir se aprova a realização de um debate sobre o assunto.

Oficialmente, o referendo não é "vinculante", ou seja, ele não torna obrigatória a decisão de sair do bloco europeu. Mas o futuro primeiro-ministro britânico dificilmente será capaz de contrariar a decisão da população. Parlamentares também podem bloquear a saída do Reino Unido, mas analistas consideram que isso seria suicídio político.

Enquanto a direita britânica diz não ter pressa para formalizar o pedido de separação, os países da União Europeia fazem forte pressão para que o Reino Unido formalize a sua saída o mais rapidamente possível.

A saída do Reino Unido não será um divórcio amistoso, advertiu o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que pede a Londres que apresente "imediatamente" o pedido de saída. "Não é um divórcio amistoso, mas também não era uma grande relação amorosa", declarou ao canal alemão ARD.

Representantes dos países signatários do Tratado de Roma, que em 1957 marcou o início do processo de união política e econômica europeia, reuniram-se neste sábado. "O povo britânico expressou sua vontade (nas urnas). Não queremos brincadeiras", disse Ayrault, ao final da reunião com representantes da França, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Itália e Holanda.

Processo para separação  
O processo para encerrar 40 anos de união não é automático e se anuncia um divórcio difícil, porque tem de ser negociado com os outros 27 membros do bloco. É a primeira vez que isso acontece.

A Câmara Baixa do Parlamento britânico, onde a maioria é contra a Brexit, deve pedir ao premiê para apresentar a Bruxelas a carta anunciando a saída do bloco, segundo a Deutsche Welle. Esse próximo passo ainda não tem prazo para acontecer. 

O Reino Unido deve ativar, então, a Cláusula 50 do Tratado de Lisboa, que desde 2009 funciona como uma espécie de Constituição Europeia, explicou a BBC. Uma vez que esse artigo é acionado não dá para voltar atrás.

A maioria dos 650 deputados federais britânicos é favorável à permanência do Reino Unido na UE. Ao menos
450 deles, de diversos partidos, articulam o lobby na tentativa de garantir a permanência britânica no mercado europeu – proposta polêmica e que deve enfrentar forte resistência dos outros países do bloco.

A manutenção desse elo, por outro lado, forçaria o Reino Unido a manter suas fronteiras com a UE abertas para trabalhadores europeus e continuar contribuindo para o orçamento do bloco – o que desagrada os partidários da Brexit.

Divisões profundas e os insatisfeitos
O resultado do plebiscito sobre a permanência na UE evidenciou profundas divisões entre os britânicos. Em grandes cidades como Londres, Manchester, Bristol, Leicester, Leeds e Liverpool, a maioria votou por permanecer na UE, enquanto em cidades menores e zonas rurais predominou a preferência pela saída do bloco.

Na sexta-feira, londrinos fizeram um protesto contra o resultado do referendo. A maioria dos eleitores da cosmopolita capital britânica, de 8,6 milhões de habitantes, votou contra a separação. Os londrinos também lançaram uma campanha bem-humorada pela independência da capital britânica nas redes sociais, como informou a BBC.

O sentimento de arrependimento pela Brexit, foi nomeado "Bregret" (fusão entre os termos "Brexit" e "regret", que significa arrependimento em inglês) na internet, coincide com várias buscas na rede sobre que é a UE nas horas posteriores à votação, segundo a Efe.
Referendo

A apuração foi divulgada por áreas de votação e a disputa, bastante acirrada. O "sair" começou à frente e chegou a ser ultrapassado pelo desejo de continuar na UE, mas logo retomou a liderança e foi abrindo vantagem até vencer com quase 51,9% dos votos. Foram 17.410.742 votos a favor da saída e 16.141.242 votos pela permanência - mais de 1,2 milhão de votos de diferença.

Após a divulgação do resultado o primeiro-ministro britânico, David Cameron, que se opunha à separação, anunciou que deixará o cargo em outubro. "Os britânicos votaram pela saída e sua vontade deve ser respeitada", afirmou o premiê. Ele ponderou que o país precisa de uma nova liderança para levar a decisão adiante. "A negociação deve começar com um novo primeiro-ministro".

O representante britânico na UE em Bruxelas, Comissário de Serviços Financeiros Jonathan Hill, renunciou neste sábado por causa do resultado do referendo.

"Eu não acredito que eu deveria continuar como comissário britânico como se nada tivesse acontecido. Ao mesmo tempo, precisa haver uma transição organizada, então eu disse que vou trabalhar com ele para garantir que isso aconteça nas próximas semanas", disse Hill em um comunicado.
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