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Domingo, 28 de abril de 2024

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Denunciados pelo Gaeco

Liderança do CV afirma que PMs e diretor da PCE sabiam de celulares em freezer e dividiriam lucro

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Liderança do CV afirma que PMs e diretor da PCE sabiam de celulares em freezer e dividiriam lucro
Um dos líderes do Comando Vermelho (CV), alvo da ‘Operação Assepsia’, deflagrada no dia 18 de junho pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em Cuiabá, afirmou que os militares e o diretor da unidade (também presos na ação) sabiam que o freezer entraria com celulares na Penitenciária Central do Estado (PCE). Além disto, revelou que ficou combinada a divisão dos lucros obtidos com a venda dos aparelhos para os detentos.


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Foram alvos da ação Paulo Cesar dos Santos, vulgo “Petróleo”, e Luciano Mariano da Silva, conhecido como “Marreta”, ambos pertencentes ao Comando Vermelho; o então diretor da Penitenciária Central, Revétrio Francisco da Costa; o vice-diretor, Reginaldo Alves dos Santos e os militares Cleber de Souza Ferreira, Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Júnior.
 
No dia 06 de junho, os três policiais militares denunciados também estiveram na penitenciária  à paisana com um veículo Gol, estando um deles com duas sacolas cheias de objetos não identificados nas mãos. “Os três policiais entraram na sala de Revetrio, e em seguida Revetrio ordenou que trouxessem para aquela sala o preso Paulo Cesar e ficaram ali, em reunião bastante informal, por mais de uma hora com o aludido preso. Estavam tratando do que? O freezer recheado de celulares era destinado a Paulo Cesar”, diz a denúncia.
 
Em depoimentos prestados à polícia, um dos líderes do Comando Vermelho revela que durante a reunião eles falaram o tempo todo sobre a entrada do freezer com os aparelhos celulares. Na ocasião, Reginaldo teria alertado para que retirasse todos os aparelhos durante a noite, e utilizasse a cola, que estava junto com os celulares, para fechá-lo novamente.
 
Além disto, o membro do Comando Vermelho pontuou que no interior da sala havia sido combinado o pagamento de parte dos lucros obtidos com a comercialização dos celulares dentro do presídio (promessa de recompensa).
 
O esquema, conforme o Gaeco, foi descoberto após a troca do pessoal da guarda. Sem saber que o freezer seria levado diretamente para a sala do diretor, a agente ordenou que passasse pelo scanner, quando foram encontrados 86 aparelhos celulares, carregadores, baterias, fones de ouvido, todos escondidos sob o forro da porta do freezer, envoltos em papel alumínio para fins de neutralizar a visão do scanner.
 
Denúncia
 
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) ofereceu denúncia, na última quarta-feira (03), contra dois líderes do Comando Vermelho, três policiais militares e dois agentes penitenciários que ocupavam os cargos de vice e de diretor da Penitenciária Central do Estado. O grupo foi alvo da ‘Operação Assepia’, que apurou facilitações para entrada de aparelhos celulares na unidade prisional.
 
Ao grupo, foram imputados quatro atos criminosos. Os sete denunciados vão responder por integrar, financiar e promover organização criminosa e também por introdução de celulares em presídios; cinco deles pelo crime de corrupção ativa; e dois por corrupção passiva.
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