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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Insulza não dá por fracassadas negociações para solução a crise em Honduras

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, se negou nesta quarta-feira a considerar fracassadas as negociações que buscam uma solução à crise em Honduras, ao afirmar que ainda existe margem, apesar de estreita, para um último esforço.


Insulza informou nesta quarta-feira ao Conselho Permanente da OEA que conquistou "avanços", mas que teve que retornar com as mãos vazias, por não ter alcançado o respaldo ao Acordo de San José.

Apesar disso, em seu discurso, que foi atrasado, já que o secretário-geral perdeu a conexão de seu voo para Washington em Miami, considerou que "ainda há um clima para buscar, nos próximos dias, últimos esforços", com o objetivo de impulsionar uma solução definitiva à crise atravessada por Honduras depois do golpe de Estado do dia 28 de junho, que depôs e expulsou do país o então presidente Manuel Zelaya.

Em entrevista coletiva, afirmou que a margem é "cada vez mais estreita", já que, na próxima segunda-feira, começa em Honduras a campanha eleitoral do pleito previsto para o dia 29 de novembro e que "seguramente será um ingrediente que também vai complicar uma saída" ao conflito político, segundo Insulza.

Por isso, o secretário-geral da OEA avaliará, nos próximos dias, "o que é possível fazer" para destravar o estagnado processo de mediação e manterá "os canais de comunicação abertos".

Insulza conversará com Zelaya, que fará uma visita na segunda-feira ou na terça-feira ao Conselho Permanente da OEA, e com a missão negociadora do Governo de Roberto Micheletti, além de "vários presidentes" da região, que, além disso, poderiam abordar o tema na sexta-feira, na cidade argentina de Bariloche, durante a cúpula da União de Nações Sul-americanas (Unasul).

Em paralelo, os 33 países-membros da OEA "tomarão todas as decisões correspondentes", para seguir pressionando o Governo de Micheletti para que assine o Acordo de San José, disse.

Insulza insistiu que "não se buscarão alternativas ao Acordo de San José", mas tentará esclarecer os temas que foram colocados nas reuniões entre os chanceleres da Argentina, Canadá, Costa Rica, Jamaica, México, Panamá e o embaixador dominicano na OEA, em Tegucigalpa.

Reiterou que a maioria das pessoas com as quais os chanceleres se reuniram expressou sua conformidade com os fundamentos do acordo, embora os pontos relativos à anistia e ao retorno de Zelaya sigam impedindo, por parte do Governo de Micheletti, a assinatura do plano do presidente costarriquenho, Óscar Arias.

Zelaya disse que está disposto a assinar o acordo.

O Acordo de San José contempla a criação de um Governo de unidade e reconciliação nacional, liderado por Zelaya; a antecipação das eleições, a anistia para os crimes político, entre outros aspectos.

Insulza considerou que "a anistia pode ser um tema que pode ser negociado com outro: o retorno do presidente Zelaya".

Sobre isso, disse não ter encontrado "absolutamente ninguém que estivesse de acordo, propício ou neutro" entre os poderes do Estado ou seguidores de Micheletti.

"Reconhecem o grave erro de tê-lo tirado do país. Dizem que deveriam tê-lo detido", mas também insistem que "foi uma sucessão constitucional" e que Zelaya "teria saído de seu cargo por condutas contra artigos imodificáveis".

"Isso permitiu que o Congresso designasse um novo presidente" e, por isso, o retorno de Zelaya não se ajustaria à Constituição.

Na esperança de que finalmente o Governo de Micheletti aceite o acordo, Insulza assegurou que a OEA "vai seguir dialogando sobre tudo o que for necessário".

"Não dou por fechada nenhuma negociação, queremos solucionar este problema", acrescentou Insulza
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