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Domingo, 28 de abril de 2024

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Novo comitê judicial revisará denúncia de abusos contra opositores no Irã

O novo comitê supervisor formado pelo Poder Judiciário revisará a denúncia de abusos sexuais e torturas contra opositores detidos nas prisões do país apresentada pelo candidato presidencial reformista derrotado Mehdi Karubi, anunciou nesta segunda-feira a televisão estatal.


Em declarações divulgadas pelo site da rede PressTV, o recém-nomeado chefe do Poder Judiciário, aiatolá Ali Larijani, disse que a equipe estudará todas as denúncias que o clérigo pró-reformista incluiu em sua carta e anunciará depois o resultado.

Lariyani convocou para a tarefa o vice-presidente do Poder Judiciário, Ibrahim Raeesi; o novo fiscal geral do Estado, Gholam Husein Mohseni Ejeai, e o assessor jurídico Ali Jalafi. O objetivo seria levar à justiça os responsáveis pelos abusos --caso sejam confirmados.

No último dia 9, Karubi causou um intenso debate no cenário político e social do Irã ao afirmar que foram cometidos abusos sexuais e torturas contra alguns dos detidos durante os protestos contra a reeleição do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, no último dia 12 de junho.

As denúncias do pró-reformista foram duramente criticadas pelas autoridades, que negaram as acusações e exigiram do clérigo a apresentação de provas. O presidente do Parlamento, Ali Larijani, chegou a dizer que as acusações não passavam de mais uma "série de mentiras" e que os investigadores do caso não encontraram indícios de abusos sexuais.

Em 25 de agosto passado, ele se reuniu com os membros do comitê especial que formou o Parlamento para investigar a revolta e, segundo a imprensa local, apresentou provas de sua denúncia.

O ultraconservador Ahmadinejad foi reeleito com cerca de 63% dos votos contra 34% do principal candidato da oposição, Mir Hossein Mousavi.

A votação foi seguida por semanas de fortes protestos da oposição por fraude. Os protestos, enfrentados com violência pela polícia e a milícia Basij, ligada à Guarda Revolucionária, deixaram ao menos 20 mortos, dezenas de feridos e cerca de 2.000 presos. A oposição fala em 69 vítimas.

O Conselho dos Guardiães do Irã, órgão responsável por ratificar o resultado do pleito, aceitou fazer uma recontagem parcial dos votos para acalmar a oposição, mas confirmou a reeleição de Ahmadinejad depois de afirmar que a fraude em cerca de 3 milhões de votos não era suficiente para mudar o resultado das urnas.
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