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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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Hillary planeja se reunir com Zelaya e pode declarar que houve golpe em Honduras

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, planeja se reunir na próxima quinta-feira, em Washington, com o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, que chegou nesta segunda-feira a Washington, informou o porta-voz do Departamento de Estado, Ian Kelly. Ele afirmou que, para os Estados Unidos, a melhor solução para a crise política hondurenha ainda é o Acordo de San José", que exige, entre outros pontos, a volta de Zelaya ao poder, à frente de um governo de união nacional.


O porta-voz disse que o encontro, o segundo que aconteceria entre os dois políticos, tem por objetivo "discutir a melhor maneira de proceder perante a situação vivida em Honduras". O encontro acontecerá no momento em que o Departamento de Estado avalia se qualifica de "golpe militar" a deposição de Zelaya em 28 de junho, quando Roberto Micheletti passou à Presidência do país.

Esta qualificação teria implicações jurídicas e econômicas, pois, segundo a legislação americana, Washington teria que cortar toda a ajuda que concede a Honduras.

Em sua quinta visita à capital americana desde que foi expulso da Presidência de seu país, Zelaya se reúne nesta terça-feira com o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, e participará de uma reunião do Conselho Permanente do organismo.

Depois, às 19h de Brasília, comparecerá diante dos meios de comunicação para avaliar o estado das negociações com o Governo de Micheletti, e suas conversas com Insulza e os representantes dos 33 países-membros ativos da OEA.

Enquanto o presidente deposto tenta aumentar a pressão internacional sobre o regime de fato hondurenho, o presidente interino deu nesta terça-feira por esgotada a opção de que uma terceira pessoa assuma o governo, se ele renunciar e Zelaya desistir de voltar ao poder.

No entanto, Micheletti esclareceu que esta decisão não significa que esteja abandonando o diálogo sobre a crise hondurenha sob a mediação do presidente da Costa Rica, Óscar Arias.

"Já fizemos todos os esforços sobre o tema e aqui acaba a discussão de terceiros (na Presidência)", disse Micheletti aos jornalistas.

A mediação de Arias não é afetada, porque "o tema da Costa Rica é uma coisa e o terceiro, outra coisa", disse.

"A terceira pessoa tinha sido uma opinião muito particular minha, que estava pretendendo que fossem abertos espaços para o diálogo, a tranquilidade e a paz do país. Não quiseram, bom, até ali termina isso", disse Micheletti.

Zelaya rejeitou a opção de uma terceira pessoa na Presidência.

A Chancelaria hondurenha disse nesta segunda-feira que as três propostas que enviou na sexta-feira a Arias excluem um retorno de Zelaya e uma renúncia de Micheletti, e acrescentou que entregar a Presidência a uma terceira pessoa não era uma "proposta formal", mas "exploratória".

Micheletti disse nesta segunda-feira à noite, diante do início da campanha para as eleições de 29 de novembro, que estas são "a solução única, final e definitiva" da crise causada pela deposição de Zelaya.
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