Jefferson Rodrigues da Silva, preso pela participação na morte da empresária Rosemeire Soares Perin, 52 anos, disse que teria comprado uma máquina de sorvete da vítima para trabalhar em um supermercado. Em breve conversa com a imprensa de dentro da viatura da Polícia Militar, na noite de quinta-feira (18), ele afirmou que buscou o equipamento na casa da mulher.
O corpo da empresária foi localizado na Passagem da Conceição, em Várzea Grande, e estava com três cortes profundos no pescoço. Ainda na mesma noite, um segundo suspeito foi preso no bairro São Matheus por envolvimento no crime. Ambos foram ouvidos pelo delegado da Delegacia de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP), Marcel Gomes de Oliveira.
Segundo o delegado, Rose não foi morta na Passagem da Conceição, seu corpo foi apenas deixado ali. “A DHPP investiga todas as linhas possíveis, ouve todas as testemunhas, e é o que nós estamos fazendo nesse momento”, disse o delegado.
O caso
Segundo relato da filha da empresária, Deluse Soares, a mulher saiu no dia 16 de fevereiro, em um HB20 de cor branca, placa QBX-8843, para vender produtos que sobraram da sua loja a alguns clientes antigos de Várzea Grande. Além disso, passou na casa de uma moça para ver uma máquina de sorvete.
Neste mesmo dia, relatou Deluse, Rosemeire teria combinado de ir almoçar com sua irmã, mas o encontro não ocorreu pois a filha estava trabalhando e a mãe disse que iria realizar algumas entregas e, posteriormente, tentaria encontrá-la para o almoço. Como a mãe não apareceu, a filha achou q ela estivesse ocupada e continuou trabalhando.
Quando anoiteceu, ainda no dia 16 de fevereiro, o atual marido de Rosemeire ligou para Deluse e disse que ela havia desaparecido pois não atendia às ligações e ainda não tinha voltado para casa.
Deluse contou que tentou ligar várias vezes para sua mãe após receber a notícia que ela estava desaparecida. Porém, todas as ligações caíram na caixa de mensagem. Então ela começou enviar mensagens via WhatsApp que só foram recebidas e respondidas por Rosemeire no dia seguinte, 17 de fevereiro.
As mensagens enviadas por Deluse só foram respondidas no dia seguinte, mas a filha desconfiou que tenha sido outra pessoa que respondeu, pois sabe que sua mãe não se comunica da forma como ocorreu.
Nas mensagens trocadas, Rosemeire disse que havia ido para Sinop de van na tarde de ontem (17) para buscar mais uma máquina de sorvete e que havia deixado seu carro com uma mulher em Várzea Grande.
Ainda desconfiada e tentando ter prova se sua mãe ou outra pessoa que estaria se comunicando com ela, Deluse perguntou qual o nome completo de sua avó. A mensagem não foi respondida.
A última informação que Deluse teve de sua mãe foi referente a uma atualização no status do WhatsApp de Rosemeire, nesta quinta-feira (18) contendo a seguinte mensagem:
“Bom dia a todos, não estou desaparecida gente, vim para Sinop a trabalho e estou em Cáceres estou indo para casa. Que todos vejam e fiquem tranquilos celular está descarregando pois não estou com meu carregador”.
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