O escritório colombiano do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos exigiu nesta terça-feira "a libertação imediata e incondicional" dos reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e condenou o "tratamento desumano e degradante" dos rebeldes aos sequestrados.
O representante na Colômbia do Alto Comissariado, Christian Salazar, afirmou, em comunicado, que a tomada sistemática "prolongada e generalizada de reféns, que são retidos sob condições desumanas, deveria ser entendida como um crime de lesa-humanidade".
Também manifestou ao Governo colombiano "a imperiosa necessidade" para que o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) preste assistência médica aos sequestrados que estão em poder das Farc.
Pediu também que se facilite o estabelecimento de comunicações entre os sequestrados e seus parentes.
A Procuradoria colombiana averiguará pelos crimes de sequestro e tortura todos os chefes das Farc, depois que as autoridades divulgaram ontem os testemunhos de dez policiais e militares sequestrados por esse grupo rebelde há mais de dez anos