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Sábado, 11 de maio de 2024

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Choques com rebeldes curdos matam seis soldados na Turquia

Seis soldados turcos morreram em choques contra rebeldes curdos na região predominantemente curda do sudeste da Turquia em dois confrontos separados, informaram os militares nesta terça-feira.


Em combates perto da cidade de Eruh, na Província de Siirt, cinco soldados morreram e três ficaram feridos, informou um comunicado militar, sem fornecer outros detalhes.

A agência de notícias privada Dogan disse que o conflito teve início nesta segunda-feira (7) e ainda estava em curso, com que helicópteros militares levando reforços para a região.

Separadamente, um soldado foi morto em um confronto durante uma patrulha de rotina nesta terça-feira na Província de Hakkari, na fronteira com o Iraque, disseram os militares.

Os ataques acontecem no momento em que o governo prepara uma série de reformas para atender antigas queixas curdas de discriminação, esperando com isso minar o apoio aos rebeldes separatistas e combater a violência e a pobreza no sudeste do país.

Partidos de oposição criticaram as medidas, particularmente devido à continuidade das mortes de soldados na região.

"As balas que ameaçam nossas forças de segurança e nossos soldados nunca atingirão a unidade de nosso país de 72 milhões (de habitantes) e não atrapalharão o processo de paz", disse o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, de acordo com a mídia local.

"O processo de paz e o processo de democratização continuarão com a mesma determinação", ele disse.

Quase 40 mil pessoas foram assassinadas durante o conflito de 25 anos entre o separatista Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e o Exército turco.

Declarado terrorista pela Turquia, a União Europeia e os Estados Unidos, o PKK surgiu como um grupo marxista, mas parece ter se afastado da ideologia com o passar dos anos.

Desde 1984, quando o grupo deu início à luta armada contra o Estado turco, declaradamente em defesa dos 12 milhões de curdos do país, milhares de pessoas morreram em ataques a cidades turcas, a instalações militares e nas respostas do Exército.

O principal objetivo político do PKK era originalmente a criação de um Estado socialista independente no sudoeste da Turquia. Os curdos se consideram o maior grupo étnico sem Estado do mundo. As aspirações nacionalistas curdas emergiram no fim do século 19, mas não se concretizaram.

Eles têm lutado há décadas pelo direito à autodeterminação, mas a reivindicação causa a reação países que poderiam perder território para que fosse formado o seu país: Iraque, Turquia, Irã, Síria, Azerbaijão e Armênia.

A meta de um Estado independente tem sido aos poucos substituída em favor da defesa de reformas culturais e de demandas por autonomia para as regiões de maioria curda da Turquia.
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