Olhar Direto

Segunda-feira, 06 de maio de 2024

Notícias | Mundo

terrorismo

Oito anos depois de 11 de Setembro, Al Qaeda ainda assusta os EUA

Foto: Reprodução

Oito anos depois de 11 de Setembro, Al Qaeda ainda assusta os EUA
Oito anos depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, a rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, embora enfraquecida, continua sendo um inimigo temido, capaz de atacar, asseguram as autoridades americanas, que tentam convencer uma opinião pública cansada por duas longas guerras. Para o chefe do Estado-Maior norte-americano, Michael Mullen, a rede extremista ainda "é muito capaz de atacar os Estados Unidos e está muito concentrada nesse objetivo".


Mesmo com a mudança de governo em Washington, a cruzada lançada por George W. Bush (2001-2009) continua na ordem do dia: o seu sucessor Barack Obama assegura que a guerra no Afeganistão tem como objetivo "desorganizar, desmantelar e derrotar a Al Qaeda", refugiada no vizinho Paquistão.

A caça aos autores dos atentados que deixaram cerca de 3.000 mortos nos EUA contribuiu para o declínio da organização. Ela perdeu seu refúgio no Afeganistão após a deposição, no final de 2001, e várias figuras-chave foram capturadas. Desde julho de 2008, 11 dirigentes da Al Qaeda ou aliados foram mortos, dentre os quais Abu Khabab al Masri, especialista em armas químicas e biológicas, e Baitullah Mehsud, líder dos talebans paquistaneses.

Depois dos atentados em Londres, em julho de 2005, o grupo terrorista não praticou novos ataques no Ocidente. Um declínio que leva alguns especialistas a duvidarem das ameaças.

"Vinte e um anos após a sua fundação, a Al Qaeda está na defensiva, e parece estar sem fôlego. A organização investiu muito na invasão americana do Iraque, mas seu braço local perdeu força [...] a partir de 2006-2007", disse à agência France Presse Jean-Pierre Filiu, professor no Instituto de Estudos Políticos de Paris.

EUA

Essa análise não é compartilhada pelos serviços de inteligência americanos. "A Al Qaeda está sob forte pressão neste momento. Mas não nos enganemos: ela ainda representa uma séria ameaça para os EUA e para nossos aliados", assegura uma autoridade americana da luta antiterrorista, mencionando suas capacidades de recrutamento, treinamento e financiamento. "É um inimigo tenaz."

A rede reconstitui santuários nas zonas tribais paquistanesas, onde estariam refugiados Bin Laden e o número dois da organização, Ayman al Zawahiri, e de onde apoiam a insurreição dos talebans no Afeganistão.

Washington se preocupa também com a transformação da Al Qaeda em várias pequenas franquias terroristas disseminadas por Ásia, Oriente Médio e África, em particular Estados instáveis como a Somália ou o Iêmen, de onde o grupo preparou uma tentativa de ataque suicida neste verão (hemisfério norte) contra o chefe saudita da luta antiterrorista.

Com tudo isso, a ameaça não parece ser mais convincente para a opinião pública americana, cansada após as guerras que já custaram a vida de mais de 5.000 militares. Seis americanos em cada dez são, atualmente, contrários ao conflito no Afeganistão, segundo pesquisa.

"Muitas pessoas estão cansadas desta luta contra o terrorismo, em particular em tempos de crise econômica. Não houve mais atentados nos EUA. Elas dizem que tudo isso é exagerado", lamenta Bruce Hoffman, especialista da Universidade de Georgetown, em Washington. "Para mim, é certo que teremos em pouco tempo um ato maior contra os EUA se nos retirarmos do Afeganistão. No caso do Vietnã, estava claro que os vietcongs não iam se lançar em nossa perseguição em caso de retirada. Lá é diferente. Eles nos caçarão."
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet