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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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Confusão em motel

Garota de programa prestará novo depoimento e irá se retratar sobre presença de Gava em episódio de agressão

Foto: Reprodução

Garota de programa prestará novo depoimento e irá se retratar sobre presença de Gava em episódio de agressão
A garota de programa Danielle Sarti de Freitas, 22 anos, que acusa o jogador de futebol Clayson, 26, que atuou nesta temporada pelo Cuiabá por empréstimo, de agressão em um quarto de motel da capital mato-grossense, prestará um novo depoimento na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.


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Desta vez, a intenção da garota é esclarecer algumas dúvidas que ainda pairam e outras que surgiram depois do seu primeiro depoimento e também fazer uma retratação sobre a participação do outro atleta do Dourado, Rafael Gava, no dia dos fatos.
 
Danielle contará à polícia como surgiu o nome do Rafael Gava durante a confusão e confirmará que ele não estava envolvido no fato. Os detalhes, porém, serão contados apenas diante das autoridades.

O advogado Neyman Monteiro é o responsável pela defesa da garota de programa. Questionado pela reportagem, ele confirmou o novo depoimento, mas pontuou que não comentará sobre as provas do caso “por questão de respeito ao sigilo do processo e ao delegado que preside o inquérito”.

(Foto: reprodução) 

O jogador do Cuiabá Esporte Clube Rafael Gava publicou um vídeo nas redes sociais alegando inocência. Ele afirmou que o caso atrapalhou suas férias e o deixou de fora de um dos jogos mais importantes da temporada, e disse ainda que já provou sua inocência e tentará limpar sua imagem.
 
Gava explicou que ainda não havia se pronunciado por orientação jurídica, mas que já juntou todas as provas que mostram que ele estava em casa, com a família, no dia em que o fato aconteceu. “Está sendo uma situação constrangedora demais para a gente. Desde 2017, quando eu estava no Londrina, a gente não teve nenhum mês de folga, de férias, para curtir em família, e quando a gente planeja tudo para curtir esse ano neste mês, acontece toda essa situação inusitada envolvendo meu nome, sendo que eu não tenho culpa em nada, e acaba atrapalhando toda a nossa programação, a nossa diversão, a nossa curtição, que a gente planejou tanto por este momento”, afirmou o atleta.
 
Rafael ainda lamentou o fato de não ter participado do jogo do Cuiabá contra o Santos, que ele classificou como um dos mais importantes do ano. “Sendo que a gente corria risco de rebaixamento, e eu acabei ficando de fora, numa partida tão importante, sendo que eu era um jogador muito importante para o clube e vinha ajudando o Cuiabá demais nessa série A. Então eu queria falar para vocês que a partir de agora eu volto a ter minha vida social normal, a minha vida normal, porque eu não tenho culpa de nada, eu não devo nada para ninguém, eu sou inocente”, argumentou.
 
Gava foi acusado, em Boletim de Ocorrência, por Danielle Sarti de Freitas, 22 anos, de agressão no início de dezembro. No entanto, segundo a assessoria do Cuiabá Esporte Clube, o jogador Clayson confessou ter participado do ato no motel e disse que Gava não estava. Clayson é jogador do Bahia e estava emprestado para o Cuiabá.
 
“Se tem um inocente neste caso sou eu, porque eu estava em casa juntamente com minha esposa, meu filho, meu sogro, a gente coletou todas as provas, já estamos preparando a nossa defesa, defesa de coisa ainda que eu não tive culpa em nada, isso que é o pior de tudo, mas enfim, frisar mais uma vez que eu sou inocente, não tenho culpa em nada e também que a gente futuramente vai querer saber os nomes dos envolvidos que estavam no local para que também limpem minha imagem num caso tão grave como esse, que querendo ou não pode acabar prejudicando minha imagem no meio do futebol”, completou Gava em seu vídeo no Instagram.
 
Depoimentos
 
Clayson, que é defendido pelo advogado Douglas Camargo de Anunciação, apresentou versão segundo a qual Danielle teria provocado desentendimentos no quarto de motel em diferentes momentos. Primeiro, ao tentar comprar drogas, o que teria sido rechaçado pelos presentes, e depois por divergir do valor e da forma de pagamento pelo programa. 
 
A narrativa apresentada por Clayson é semelhante às feitas pelos amigos, o empresário D. S., 27 anos, e o engenheiro P. H. da S., 30. A cronologia e os fatos elencados também coaduna com as versões apresentadas pelas outras duas garotas de programa que estavam no quarto de motel na madrugada de 7 de dezembro deste ano, Lylia de Lima, 27 anos, e Aline Lopes, 28. De acordo com os relatos feitos na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, Danielle não teria sido agredida e seria ela quem teria partido para cima dos clientes, com mordidas, arranhões e até garrafadas. Os cortes no corpo de Danielle teriam sido provocados por ela mesma, segundo os depoimentos.
 
À polícia, Clayson reforçou que o atleta Rafael Gava não estava presente na noite dos fatos investigados. Na primeira denúncia por agressão feita por Sarti, ela havia citado Gava como envolvido. A reportagem apurou que a defesa do jogador inclusive quer que ele seja ouvido no inquérito. A própria denunciante no entanto já voltou atrás sobre a primeira versão e reconheceu que Rafael não teve envolvimento no episódio. 
 
Pronunciamentos oficiais
 
Clayson se posicionou sobre o caso por meio de nota oficial na sexta-feira (17) e disse que a jovem responderá pelas acusações contra ele. “Após minuciosa investigação realizada pela Delegacia de Polícia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, sendo ouvidas cinco testemunhas presentes no ocorrido, incluindo outras mulheres, foi completamente afastada qualquer participação do atleta em episódios de agressão ou ofensa”, diz trecho da nota.
 
A Polícia Judiciária Civil (PJC), por meio da Delegacia de Defesa da Mulher em Cuiabá, também publicou nota afirmando que os fatos ainda estão em apuração e que detalhes sobre o caso não serão passados à imprensa. “O procedimento é sigiloso e assim que concluído será encaminhado à Justiça. Qualquer nota divulgada por meio das partes envolvidas no inquérito policial é de inteira responsabilidade de quem fez a manifestação”, diz trecho da nota. 
 
Em recente entrevista ao Olhar Direto, Danielle contou que está fazendo acompanhamento psicológico e deve agora passar uma temporada com o pai e a madrasta em um estado da região Nordeste do país.
 
A recomendação de passar o período acompanhada é médica e decorre da tentativa de suicídio. Segundo orientação que recebeu em Cuiabá enquanto estava internada, a estudante não pode voltar a morar sozinha em Goiânia, estado onde cursava Biomedicina.
 
“Estou bem e lúcida, sem álcool”, contou Danielle à reportagem. “Minha mãe mora na Europa tem outra família, eu vim somente com meu pai que é empresário no nordeste”, comentou.  
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