O comandante-geral das tropas americanas no Iraque, general Ray Odierno, disse à BBC estar preocupado de que o Iraque seja esquecido por causa da atual ênfase dada pelos Estados Unidos ao Afeganistão.
Os Estados Unidos ainda têm cerca de 130 mil soldados no Iraque, número superior à presença americana no Afeganistão.
O general Odierno disse que o número de tropas deve permanecer nesse nível até depois das eleições iraquianas, em janeiro.
O governo do presidente Barack Obama tem como uma de suas prioridades o Afeganistão. Desde maio, o contingente militar americano no Afeganistão praticamente dobrou, e é composto por cerca de 100 mil soldados.
Mas a guerra vem perdendo apoio popular. Pesquisas recentes sugerem que apenas 49% dos americanos acreditam que o conflito valha a pena.
Segurança
Odierno sugeriu que sempre há um risco de que a situação de segurança no Iraque possa se deteriorar e disse que quer terminar o que começou.
No geral, o nível de violência no Iraque caiu nos últimos anos, após ter chegado a seu ponto máximo em 2006 e 2007.
No entanto, ataques continuam ocorrendo quase diariamente no país, e aumentaram desde que os soldados americanos se retiraram das áreas urbanas iraquianas, no final de junho.
No mês passado, pelo menos 95 pessoas morreram na explosão de dois caminhões-bomba perto de prédios ministeriais em Bagdá. Esses ataques foram considerados os piores do ano.
Segundo analistas, os ataques levantam dúvidas quanto à capacidade de o Iraque proteger sua população após a saída das tropas americanas das principais cidades do país.