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Terça-feira, 28 de maio de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Senado dos EUA vai avaliar possível ligação entre câncer e aparelhos celulares

O senador Tom Harkin, do Estado norte-americano de Iowa, autorizou uma investigação sobre a suposta relação entre o uso de telefones celulares e diversos tipos de câncer. A sindicância sobre o tema foi iniciada a partir de uma reunião na segunda-feira (14).


Harkin, que tomou posse do Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões dos Estados Unidos no começo deste mês devido à morte do senador Edward Kennedy, afirmou que está preocupado com o fato de que ninguém comprovou se os celulares, efetivamente, causam câncer ou não.

"Lembro da experiência da nação com cigarros. Décadas passaram entre os primeiros alertas sobre o fumo e a conclusão definitiva foi a de que os cigarros causam câncer de pulmão", disse Harkin.

Aparelhos celulares, cujo uso abrange 275 milhões de pessoas nos Estados Unidos e 4 bilhões no mundo, utilizam ondas de rádio no funcionamento. Anos de pesquisa, contudo, falharam para estabelecer quaisquer ligações entre o uso dos dispositivos e vários tipos de câncer --incluindo tumores cerebrais.

Preocupações recentes foram levantadas pelo Environmental Working Group, organização ativista, e pela epidemiologista Devra Lee Davis, da Universidade de Pittsburgh, autora de um livro argumentando que o governo tem negligenciado muitas fontes potenciais de câncer.

Harkin convocou uma audiência para averiguar as questões ontem. "Vou prosseguir além dessa discussão, com o Instituto Nacional de Saúde [NIH, na sigla em inglês]", disse Harkin, após a audiência.

Um funcionário do gabinete disse que o senador se interessou por um relatório do Environmental Working Group --cujo teor indica que as emissões de ondas de rádio variam de acordo com a marca e modelo do aparelho--, e também demonstrou interesse alguns relatos que sugerem que há correlação com o câncer.

Na audiência de ontem, Linda Erdreich, da empresa de ciência e engenharia Exponent, radicada em Nova York, disse que 50 anos de testes não comprovaram que celulares podem causar câncer. "Esta parte do espectro é conhecida como radiação não-ionizante", afirmou. Isso significa que as ondas de rádio não podem danificar o DNA das células.

Mas o senador Arlen Specter, do Estado da Pensilvânia, perguntou repetidamente se a ciência provara, de maneira conclusiva, a inexistência total do vínculo entre celulares e câncer. "O que me recorre é que não sabemos qual é a resposta", disse Specter, que já teve câncer --e evita farinha e açúcar, tidos como "alimentos" de tumores.
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