Presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), o deputado Eduardo Botelho (União) classificou os atos terroristas em Brasília como uma “vergonha” para o país e a democracia. O parlamentar defendeu que a punição mais severa seja para aqueles que financiaram o movimento e que ainda estão sendo investigados.

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“As pessoas que estão lá são os menos culpados, os maiores penalizados devem ser os financiadores, as pessoas que contrataram ônibus e pagaram as despesas pra eles irem. Esse ato envergonhou o país e a democracia”, disse.

Ainda na avaliação de Botelho, os bolsonaristas que invadiram a sede do Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto estão “desconectadas da realidade”. “Entraram lá achando que já tinham tomado o poder, dizendo que não iam sair mais de lá. O culpado é quem tá distribuindo Fake News, quem incentivou eles e os deixou lá sem coordenação”.

Coluna da revista IstoÉ, do jornalista Leandro Mazzini, revelou que a Polícia Federal já identificou pelo menos 10 grandes empresários do agronegócio e fazendeiros, que financiaram a viagem de manifestantes que iniciaram atos golpistas e vandalismo nas sedes dos três Poderes em Brasília.

A maioria é de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Com medo, o grupo teria contratado um renomado advogado criminalista de Belo Horizonte a peso de ouro para suas defesas.

Além do risco de prisão, alguns deles temem perder o visto norte-americano permanentemente, e serem obrigados a vender imóveis na Flórida. Ainda conforme o colunista, outra preocupação latente desse grupo é a curto prazo: perder os financiamentos de bancos estatais como BB e outros estaduais, a depender do teor da futura sentença judicial depois que forem indiciados pela PF e processados no inquérito comandado no STF pelo ministro Alexandre de Moraes.