Candidato de Jair Bolsonaro (PL) à presidência do Senado, Rogério Marinho (PL) condenou o vandalismo ocorrido na sede dos Três Poderes, em Brasília, mas não concordou que todos os apoiadores do ex-presidente sejam tachados de terroristas.

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O bolsonarista ainda questionou o fato de os extremistas que praticaram atos de vandalismo terem sido caracterizados como terroristas e cita atuação do PT para que manifestações políticas não entrassem no bojo da lei (13.260/2016), que classifica certos crimes como terrorismo.

“Ato hediondo. Estava no parlamento em 2016, como deputado federal, e naquela oportunidade a tipificação do terrorismo como política foi retirado graças a ação da esquerda. Evidente que repudiamos, não é assim que se faz política, quem depredou e impediu o direito de ir e vir das pessoas precisam ser exemplarmente punidos”, afirmou, durante sua passagem na Capital, na semana passada.

“Por outro lado, não podemos caracterizar 58 milhões de brasileiros como terroristas, caracterizar quem tem uma visão diferente do governo que aí está como fascista”, completou.

Na decisão que determinou o afastamento do governador do no Distrito Federal e a prisão em flagrante dos envolvidos na invasão dos prédios dos Três Poderes, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cita as ações dos bolsonaristas como "atos terroristas contra a Democracia e as Instituições Brasileiras".

A diferença de manifestações políticas que ocupam órgãos públicos de eventos do dia 8 de janeiro é a intenção dos envolvidos e o objetivo dos atos.  É essa intenção que faz com que os eventos em Brasília sejam classificados pelo STF como atos de terrorismo e o mesmo não aconteça com manifestações políticas que não são contrárias à democracia.