Promessa do presidente Lula (PT) aos povos indígenas, o anúncio da aprovação dos estudos para a identificação e demarcação da terra indígena Kapôt Nhinore gerou forte reação de produtores rurais que vivem na área entre Mato Grosso e Pará, e, consequentemente, da classe política do Estado, que garantiu adotar todas as medidas possíveis para evitar a desintrusão do local, em caso de consolidação da TI.

OUÇA DIRETO



A reivindicação é fruto de uma luta de três décadas por reconhecimento do direito a essa terra, considerada sagrada pelos Yudjá, também conhecidos como Juruna, e os Mebengokrê, ou Kayapó, povo do cacique Raoni, considerada a maior liderança indígena viva do brasil. Ele é reconhecido internacionalmente e foi escolhido pelo presidente Lula como uma das pessoas para lhe passar a faixa presidencial no início deste terceiro mandato, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu do país e se recusou a participar da cerimônia de transferência do cargo.

A saída pensada pelos contrários à demarcação é a aprovação do marco temporal, que está em tramitação no Senado Federal. O texto, aprovado na Câmara no fim de maio, muda as regras para demarcação de terras indígenas no país, ao estabelecer um marco temporal para isso. Considera que é de direito dos indígenas os territórios ocupados na data da promulgação da Constituição Federal de 1988, em 5 de outubro de 1988.

O conflito entre a importância da terra para tal grupo indígena e a luta pela permanência de fazendeiros que vivem há anos na área é o tema do novo episódio do podcast Ouça Direto, já disponível nos principais tocadores.

Além de ouvir, você pode compartilhar e seguir o programa no seu tocador de preferência. Assim, é possível ser avisado toda vez que um novo episódio é publicado.