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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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MARCO TEMPORAL EM DEBATE

Jayme diz que indígenas não querem mais terras e que ONGs são mais criminosas que Comando Vermelho e PCC

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Jayme diz que indígenas não querem mais terras e que ONGs são mais criminosas que Comando Vermelho e PCC
Sem citar nomes, o senador Jayme Campos (União) levantou suspeita sobre a índole de Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam na defesa da população indígena e se colocam contra a aprovação do marco temporal (490/2007), em tramitação no Senado. Durante reunião da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, nesta quarta-feira (16), o parlamentar levantou o tom das críticas e afirmou que ONGs são mais criminosas que organizações como Comando Vermelho e PCC.

 
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“Não queremos ser massa de manobra dos falsos defensores dos povos indígenas. Dessas ONGs que são a maior quadrilha que se instalou no Brasil. O Comando Vermelho e PCC são fichinhas perto dessas OGNs. No Brasil há mais de 50 mil OGNs, principalmente nesta vasta região do Brasil. Temos que dar um basta em tudo isso aí”, disse em seu pronunciamento.

Jayme afirmou que muitos indígenas não querem a ampliação de suas terras, mas investimentos para produção agrícola. Citou como exemplo os indígenas das etnias Haliti-Paresi, Nambikwara e Manoki, que fazem o plantio de soja no noroeste de Mato Grosso.

O grão é produzido em uma área total de 19.600 hectares de lavouras distribuídas em cinco Terras Indígenas: Paresi, Rio Formoso e Utiariti da etnia Paresi, Irantxe da etnia Manoki; e Tirecatinga da etnia Nambikwara.
Indígenas da etnia Haliti-Paresi ficaram conhecidos nacionalmente não só pela produção, mas por terem apoiado o ex-presidente Jair Bolsonaro. Alguns representantes, chegaram a participar de acampamento montado no quartel-general do Exército, em Brasília, contra o resultado do segundo turno presidencial.

“Ninguém é contra os indígenas, são nossos irmãos. Gostaria de fazer um desafio, vou trazer no mínimo dez caciques de reservas indígenas de Mato Grosso. Eles querem oportunidade, querem plantar, ter carro, telefone, ar-condicionado, condições de vida e não viver num estado de miserabilidade que vivem, sem saúde e educação”, disparou.

“Vou mostrar que eles não querem ampliação de reserva indígena. Eles querem oportunidade. Está a prova na reserva indígena do Paresis. Estão plantando 16 mil hectares de soja, com assistência técnica. Lá tem índios que são médicos, engenheiros, advogados”, completou.

Neste sentido, Jayme cobrou a aprovação do marco temporal até a próxima semana, para se antecipar ao Supremo Tribunal Federal (STF), que arrasta a análise de ação sobre o tema. De acordo com o mato-grossense, o Senado não pode deixar que o STF “usurpe” uma competência exclusiva do Congresso, que é a de legislar.

Na reunião da Comissão de Agricultura, o relatório pela aprovação, da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), foi lido e aberta as discussões. O colegiado, porém, decidiu realizar, na próxima semana, uma audiência pública, para, em seguida, colher os votos dos senadores. Aprovado na CRA, a matéria seria apreciada na Comissão de Constituição e Justiça e posteriormente vai a deliberação em plenário.

 
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