A interventora da Saúde em Cuiabá, servidora pública Danielle Carmona, foi convidada pela Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, presidida pelo deputado Lúdio Cabral (PT), a prestar esclarecimentos sobre a denúncia feita pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), na qual ele alega que o Gabinete de Intervenção teria feito um pagamento de R$ 185 milhões “sem empenho e sem liquidação”. A reunião extraordinária com Danielle acontece na manhã desta terça-feira (19). Carmona citou "rombos" herdados da gestão titular, como o causado por suposta compra excessiva de copos descartáveis.
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Diante das acusações, Danielle afirmou estar tranquila para responder todos os questionamentos da Comissão, pois todas as ações realizadas pela equipe da Intervenção são validadas por uma equipe de conformidade, composta pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Controladoria-Geral do Estado e também pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).
“Estou muito tranquila e é uma oportunidade a Assembleia nos convidar para prestar esclarecimentos de supostas acusações cometidas pelo prefeito. O Gabinete de Intervenção tem atuado durante esses seis meses com total transparência, acompanhada pelos órgãos de controle, que é uma equipe de conformidade. Então só viemos esclarecer, estamos muito tranquilos”, afirmou Carmona nesta manhã.
Durante a reunião, o Gabinete de Intervenção deverá prestar esclarecimentos sobre a evolução da Receita da Saúde de Cuiabá, despesas liquidadas e não realizadas, diferença entre saldo fiscal e financeiro e também sobre o possível sobrepreço em contratos.
Danielle começou o encontro apresentando todas as ações realizadas pela Intervenção, que contribuem para a retomada dos serviços médicos na capital. Um dos acontecimentos recentes que foi destacado pela interventora é sobre a descoberta de milhares de copos descartáveis dentro do estoque de insumos do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC).
“Nós realizamos o inventário dos medicamentos e insumos ativos no CDMIC e nós encontramos muitas caixas que as pessoas achavam que eram de medicamentos, e quando abrimos eram esses copinhos descartáveis de café, é uma quantidade que dá para mais de 10 anos. Então nós fizemos uma devolução amigável com a empresa e economizamos para os cofres da Secretaria o valor de R$ 360 mil. É uma malversação do recurso público. De pequenas atitudes como essas, de R$ 360 mil aqui, R$ 300 mil ali, é o que gerou o rombo na área da Saúde da Capital”, declarou Carmona à imprensa.
.jpeg "Interventora cita rombo herdado e rebate acusações de prefeito: 'viemos esclarecer, estamos muito tranquilos'")
