Criado para ser um “laboratório” que vai formar, capacitar e negociar atletas, o novo Centro de Treinamento Manoel Dresch, do Cuiabá, recebeu investimento de R$ 50 milhões e tem previsão para funcionamento total no segundo semestre do ano que vem. O Olhar Direto visitou as instalações nesta semana e entrevistou o presidente do clube, Cristiano Dresch, que explicou a importância do CT para elevar o patamar do time aos níveis dos gigantes como Palmeiras, Flamengo e São Paulo.
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Com a permanência praticamente encaminhada para mais um ano na elite do Brasileirão, o Dourado tem investido pesado para garantir, a longo prazo, um projeto sólido visando se manter no topo nacional.
As obras começaram há um ano e três gramados já estão sendo usados pelo elenco profissional. Com área total de 8 mil metros quadrados, a novidade na construção é o primeiro prédio a ser entregue, que possui vestiário novinho para os jogadores, espaço para recuperação física, banheiras de hidromassagem, piscina aquecida e banheiro inspirado no CT palmeirense.
Hotel para concentração de atletas e um mini estádio com capacidade para até 10 mil pessoas estão sendo construídos, mas ainda sem previsões de conclusão. Além disso, há um lago que vai ser utilizado para a drenagem dos gramados.
A maior parte do vultoso investimento é proveniente de investimentos da Liga Forte Futebol, associação de clubes brasileiros para criação de um campeonato nacional, em que o Dourado se associou e embolsou R$ 27 milhões pela venda dos direitos de transmissão, todos convertidos nas obras.
Dresch explicou que tudo foi feito com investimento próprio do clube, sem gerar passivos e dívidas. A expectativa é elevar o patamar do time com uma estrutura que, segundo o presidente, com certeza será uma das cinco melhores do país.
“A gente vai fazer sem endividar o clube, sem criar, sem gerar passivo, entendeu? A gente vai fazer com recurso próprio. A previsão é de que o elenco profissional use integralmente o CT Manuel Dresch a partir do segundo semestre do ano que vem. As obras ainda vão contar com uma área administrativa do clube, academia de ponta, um mini estádio que será utilizado pelas categorias de base”, disse o cartola.
“Terá um hotel para a concentração dos atletas antes dos jogos. O principal ganho que nós vamos ter aqui no Cuiabá nos próximos anos com esse CT é a formação de atletas. Nós vamos ter uma estrutura top, que vai possibilitar para a gente estar trabalhando esses jogadores, evoluindo eles, formando eles numa condição de primeiro nível, para estar integrando a nossa equipe principal”, acrescentou.
Com isso, a expectativa da diretoria é que o Cuiabá, nos próximos dois anos, tenha metade do seu elenco criado nos “laboratórios” da base, de maneira que tenha condições de garantir a estrutura adequada para atletas do primeiro escalão, que encontrem no CT a equivalência com os grandes centros.
O CT foi batizado Manoel Dresch em homenagem ao idealizador do projeto do time, falecido em fevereiro. O projeto total conta com mais de 8 mil metros quadrados e o investimento é pesado. A próxima etapa é concluir o prédio que contará com academia, fisioterapia, um anfiteatro e sala de imprensa.
Assim que a estrutura estiver pronta, os jogadores do time profissional já vão praticamente migrar para o novo CT - atualmente são utilizados somente os campos para treinamentos. A previsão é que isso ocorra entre junho e julho de 2024.
As vantagens da construção, na visão do presidente, além do já exposto, será valorizar e facilitar as negociações com grandes atletas. “Nós temos desvantagens geográficas muito grandes, Mato Grosso é um peixe fora d’água. Os grandes centros concentram os grandes times, então a gente precisa ter um clube em que os jogadores venham de outras regiões e se sintam em uma estrutura top. É óbvio que vai facilitar muito na hora de ligar para alguém, convidar pra vir pra cá, tentar uma contratação. Ter uma estrutura dessa aqui vai ajudar demais a gente para trazer nomes de peso”, pontuou.
