O prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner (MDB), avaliou como “picuinha de WhatsApp” o ataque feito pelo secretário de Governo, Gilberto Mello, contra a vereadora Fabiana. As ofensas se tornaram públicas na última semana.
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Na avaliação do prefeito, a parlamentar tem o perfil de “vitimista”. Ainda segundo o gestor, no momento, é necessário separar vitimização de realidade e crime.
“Eu disse que acho que foi movimento de 'WhatsAppeiros', de ambas as partes, dela e dele, que não imputa nenhum crime de ambas as partes. Ela também é muito exaltada, ele também muito exaltado, eu tenho mostrado para os dois que isso não leva a nada”, disse em entrevista à imprensa na última semana.
“Se fez muito vitimização, é um perfil da vereadora, o modo dela de ser muito vitimizada, a gente tem que separar vitimização de realidade e de crime. Então eu ainda vou me declinar sobre isso, conversei muito com a procuradora, vou esperar o secretário chegar de viagem familiar e vamos tratar isso de forma bastante grande e bastante equilibrada”, complementou.
Na última semana, Fabiana Advogada registrou um boletim de ocorrência contra o secretário após declarações dele em um grupo de WhatsApp em que a acusou de estar “usando apetrechos femininos” para adiar a sessão que pode resultar novamente em sua cassação.
O prefeito destacou que no momento é necessário ter entendimento para separar o atrito político entre os dois, ressaltando que a vereadora cometeu um crime e que deve pagar por ele.
“Ela praticou um crime contra a municipalidade. Tem que se separar toda essa questão política da questão do exercício da profissão. Eu, como engenheiro agrônomo, tenho que ter responsabilidade no exercício da minha profissão. O advogado tem, e ela, como vereadora eleita, teria que ter essa responsabilidade, e não o teve. Não existe um atrito político do nosso secretário Gilberto Mello com ela, porque foram conduzidos numa coligação conosco, e tem atrito partidário, picuinha de WhatsApp, questões que movem o dia a dia”, avaliou.
Gilberto é autor da denúncia que resultou na abertura de comissão processante contra a parlamentar na Câmara Municipal, por suposta atuação dela como advogada em ações contra o Município e em interesse próprio. O colegiado entendeu que houve quebra de decoro e, por isso, apresentou relatório pela perda de mandato.
Depois de dois dias de sessão, Fabiana teve o mandato cassado por 9 votos a favor e dois contra. No entanto, a decisão foi suspensa pelo juiz Renato José de Almeida Costa Filho, que apontou erro no processo de votação. A Câmara chegou a convocar a sessão, porém a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, da Primeira Câmara de Direito e Coletivo, acatou o pedido da parlamentar e determinou a suspensão da sessão, que estava agendada para o último dia 12.
