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Domingo, 28 de abril de 2024

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DEBATE NACIONAL

Mauro cita direito à dignidade e reforça defesa pela liberação da exploração de terras indígenas

Foto: Secom-MT

Governador Mauro Mendes e o cacique Haliti-Pareci Rony Azoinayee, da Aldeia Wazare, localizada em Campo Novo do Parecis

Governador Mauro Mendes e o cacique Haliti-Pareci Rony Azoinayee, da Aldeia Wazare, localizada em Campo Novo do Parecis

O governador Mauro Mendes (União) engrossou o coro dos defensores da aprovação urgente de uma proposta de regulamentação de exploração comercial sobre terras indígenas. Para o gestor, regulamentar a exploração comercial pelos povos originários, dentro do que está previsto no Código Florestal, seria uma garantia para que tal população tenha uma vida digna.


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"Olha os 'índios' americanos. Lá todos eles produzem, o 'índio' tem atividade econômica. Aqui, algumas ONGs e movimentos, principalmente ligadas à esquerda, defendem 'índio' pobre, miserável. Nós queremos que esse 'índio' seja como ele é, um cidadão brasileiro que com dignidade e com seu trabalho construa a preservação da sua cultura e território", afirmou, em entrevista à Jovem Pan News, na manhã desta segunda-feira (15).

Para exemplificar sua tese, Mauro citou os indígenas da etnia Haliti-Pareci, em Campo Novo do Parecis (396 Km de Cuiabá), que plantam em seu território quase 23 mil hectares de milho e soja.

"Essa etnia tem 1,2 milhão de hectares, usa 1,8% de seu território para produzir. O cacique me contou que quando era criança ia na cidade com a mãe e os irmãos e as pessoas mudavam de calçada para não cruzarem com 'índio', pois 'índio' ficava pedindo esmola, iam mendigar nas escolas", declarou.

"Hoje ele é cacique, trabalha e conta com muito orgulho que quando vai na cidade, as pessoas o convidam para ir na concessionário comprar caminhonete, convidam a esposa dele para comprar roupa, pois com trabalho ele está construindo sua existência. A cultura melhorou, a aldeia aumento, pois muitos 'índios' que tinham deixado o local anos atrás estão voltando, já que agora tem trabalho e dignidade. A cultura está sendo preservada e eles estão preservando 98% de seu território", completou.

Mauro defendeu que tal exemplo seja replicado em todas as terras indígenas. Além disso, pontuou que a extração mineral irregular nessas áreas ocorre por falta de regulamentação.

"Acho que isso precisamos fazer em todas as etnias, temos riquezas gigantescas, a quem interessa não explorar isso? Aos 'índios'? Não. O garimpo ilegal existe porque não se legaliza. Não estou defendendo, mas existem outros tipos de minérios. Existem grandes riquezas na Amazônia e por causa de um ou dois campos de futebol (de desmatamento), em nome de uma tal preservação (não se explora). Não é preservação, é usurpar o direito dos brasileiros de ter dignidade, especialmente os povos indígenas", pontuou.

Debate no Congresso

Em entrevista divulgada na semana passada no site da Câmara Federal, o presidente Arthur Lira (PP) afirmou que a falta de regulamentação para que indígenas possam explorar suas terras é o que causa "dilemas" entre eles, fazendeiros e ambientalistas.

Ele defendeu a aprovação de uma proposta que regulamente a exploração comercial das terras demarcadas, já que há previsão constitucional para isso. "Não é possível que parte da população pense que os povos originários têm que viver como em 1500", declarou o deputado, que não indicou se alguma proposta nesse sentido tramitará pela Casa em 2024.
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