Sem terem para onde ir, parte das pessoas despejadas do loteamento Brasil 21 buscaram abrigo embaixo de um viaduto de Cuiabá. Vídeos dos moradores no local circularam na internet na segunda-feira (11) e, em algum deles, é possível ver crianças e idosos no local.

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Além disso, é possível perceber um matagal ao redor da região, bem como lama.

O Olhar Direto esteve na região durante a ação de desapropriação, na tarde de segunda-feira, e conversou com Maysa Andreatto, 27, uma das moradoras do local. A jovem disse que as famílias foram tratadas com desrespeito, como se “fossem bichos”. Denunciou ainda que a ação de desocupação  do loteamento não contou com o apoio das Secretarias de Assistência Social do Governo e do Município.

Presos por desacato

Cerca de 12 pessoas foram presas por desacato e resistência durante a operação de desapropriação da quarta etapa do loteamento Brasil 21, na região do Contorno Leste, em Cuiabá, nesta segunda-feira (12). A ação, que contou com o apoio das forças de segurança do estado, continua nesta terça, com o intuito de retirar os moradores que insistem em não abandonar o local. 

A informação foi confirmada ao Olhar Direto pelo Coronel Rodrigues, comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar. Como noticiado pela reportagem, a decisão que autoriza a reintegração da posse à autora da ação, a Avida Construtora e Incorporadora S.A., determinou a data limite para segunda-feira (11), para a saída das famílias que viviam na região.

"Foram 12 pessoas conduzidas. Toda a parte de negociação e processo legal foi feito. Essa ordem judicial é antiga. Foi feito um estudo de situação, planejamento. Todas as famílias foram notificadas pelo oficial de Justiça", explicou o comandante à reportagem.

"A operação continua na área na retirada de móveis e pertences dos invasores", acrescentou.

Na manhã de segunda-feira (11), diversas equipes das Forças de Segurança foram mobilizadas para cumprir a desocupação da região. Além da Polícia Militar e Rotam, equipes do Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, Serviço de Operações Especializadas (SOE), Polícia Penal, Perícia Técnica (Politec), a Ciopaer, com um helicóptero, e a concessionária Energisa também estiveram no local. 

Quem também esteve no local foram os deputados Wilson Santos (PSD) e Valdir Barranco (PT). Enquanto conversavam com moradores e prestavam apoio à ação, Santos acabou baleado por uma bala de racha. A assessora de Barranco, Ana Paula dos Santos Gonçalves, também foi atingida.

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