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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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Oposição traça estratégia para neutralizar maioria governista na CPI do MST

A oposição traça nos bastidores uma estratégia para tentar neutralizar a ampla maioria governista entre os integrantes da CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), criada na semana passada. A ideia dos oposicionistas é polarizar os debates entre simpatizantes dos sem-terra e os defensores do agronegócio, deixando de lado o tradicional embate entre os partidos alinhados com o Palácio do Planalto e a oposição.


Lideres do DEM avaliam que desta forma têm mais chances de emplacar a investigação contra o MST e conseguir avançar em questões delicadas. "O que nós observamos é essa tendência entre quem defende o MST e quem defende uma avaliação isenta", disse o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

Com a movimentação oposicionista, os líderes governistas já começaram a ensaiar um acordo. PT e PMDB pretendem dividir o comando da CPI. A relatoria --que é o cargo mais cobiçado porque conduz o ritmo das investigações e pode evitar desgastes-- ficaria com os petistas, enquanto a presidência seria entregue ao PMDB.

Apesar de a oposição trabalhar para ganhar um dos cargos de comando da CPI, os governistas não estão dispostos a ceder espaço. "No que depender de mim, eles terão no máximo uma vice-presidência, mas isso ainda está sendo conversado", disse o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP).

Os governistas ainda estão divididos entre instalar logo a CPI para que ela termine antes do início da campanha ou postergar a escolha dos integrantes para que, em meio ao período eleitoral, a comissão fique esvaziada.

Os partidos da base aliada vão indicar 23 dos 36 integrantes da CPI. O regimento do Congresso prevê a divisão das cadeiras na comissão de acordo com os tamanhos das bancadas no Legislativo.

Como a base aliada tem ampla maioria na Câmara e no Senado, os partidos governistas vão indicar 11 senadores e 12 deputados para a CPI --das 36 cadeiras de titulares da comissão.

A oposição (DEM, PSDB e PPS) ficou com seis vagas de senadores e cinco de deputados, enquanto o PSOL e o PSC também poderão indicar membros para a comissão, seguindo o rodízio estabelecido entre as menores bancadas.

A instalação da CPI ainda depende da indicação dos integrantes pelos partidos. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), encaminhou na sexta-feira um ofício aos líderes pedindo que os representantes sejam escolhidos.

Caso os líderes não entrem em consenso, Sarney poderá dar um prazo de cinco sessões para as indicações ou decidir ele mesmo a composição da CPI.
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