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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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Heráclito reconhece que pagamento de hora extra do Senado é uma "bagunça"

O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), reconheceu nesta terça-feira que a Casa enfrentou problemas nos últimos anos para controlar o pagamento de hora extra aos servidores. Segundo Heráclito, o sistema é uma "bagunça" e nos primeiros seis meses deste ano gerou um gasto de R$ 10 milhões por mês.


"Essa questão de pagamento de hora extra é uma bagunça que vem ao longo do tempo e que precisa ser corrigida. Às 18h30 começa a chegar todo mundo, com cabelo molhado, ajeitado, e quando dá 20h30, 21h, vai todo mundo embora [...] Mas não se corrige da noite para o dia. Estamos atrás do ponto eletrônico e temos que procurar tecnologia que não nos de trabalho no dia seguinte", disse.

O diretor-geral, Haroldo Tajra, afirmou que o novo sistema de controle eletrônico, adotado em agosto, tem permitido uma economia de R$ 3,4 milhões com esse tipo de despesa. E que se seguir nesse ritmo, até setembro de 2010 o Senado terá economizado com esse tipo de gasto R$ 18 milhões. As informações foram repassadas durante reunião da Comissão de Fiscalização e Controle.

As horas extras são pagas aos funcionários que trabalham após as 18h30m e só são liberadas com a determinação de chefes de gabinete ou diretores da Casa. Em janeiro, a direção da Casa concedeu reajuste de 111% no benefício. O teto subiu de R$ 1.250 para R$ 2.641,93.

Em julho, o Senado pagou R$ 5,036 milhões em horas extras para funcionários em julho, quando a Casa funcionou apenas até o dia 17, antes de entrar em recesso parlamentar.

Na época, a Casa vivia o auge da crise política que atinge a imagem da instituição neste ano, com as votações no plenário praticamente paralisadas. Muitos senadores, porém, aproveitaram as sessões esvaziadas para fazer discursos e protelar o encerramento das atividades --o que acarretou no pagamento de horas extras aos servidores.

Reportagem da Folha revelou que em janeiro, o Senado pagou pelo menos R$ 6,2 milhões em horas extras para 3.883 funcionários, mês em que a Casa estava em recesso e quando não houve sessões, reuniões e nenhuma atividade parlamentar.
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