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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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Candidato da oposição amplia vantagem em eleição de Honduras

O candidato do Partido Nacional à Presidência de Honduras, Porfirio Lobo, ampliou sua vantagem na preferência dos eleitores, enquanto o país continua mergulhado na crise política desencadeada após a deposição do presidente Manuel Zelaya, segundo uma pesquisa da CID-Gallup publicada nesta terça-feira.


De acordo com a pesquisa, divulgada pelo jornal "La Prensa", Lobo teria 37% das intenções de voto contra 21% do candidato do Partido Liberal, Elvin Santos, nas eleições programadas para 29 de novembro.

Em uma pesquisa feita em setembro, Santos estava atrás de Lobo por cinco pontos percentuais.

Honduras mergulhou em uma das piores crises políticas de sua história em 28 de junho, quando Zelaya foi deposto e expulso do país, e o deputado Roberto Micheletti assumiu um governo interino , que não é reconhecido pela comunidade internacional

Tanto Zelaya como Micheletti são militantes do Partido Liberal, que está dividido pela situação. Santos, que foi vice-presidente de Zelaya, procurou ficar distante do conflito político.

Lobo, um empresário agrícola de 61 anos, lançou campanha prometendo combater a pobreza se for eleito, mas a comunidade internacional ameaça não reconhecer o resultado das eleições se Zelaya não for restituído antes do pleito.

Micheletti defende a legitimidade de seu governo e aposta na eleição presidencial de novembro que estava marcada antes da crise como a saída para entregar o poder a um sucessor que seja mais passível de aceitação pelos demais países, mas essa solução foi rejeitada pela OEA.

Zelaya foi deposto no dia em que planejava realizar uma consulta popular sobre mudanças constitucionais considerada ilegal pela Justiça. Classificada um golpe de Estado pelo virtual consenso de governos e entidades internacionais, a sucessão foi classificada por Micheletti e pelas instituições hondurenhas como uma mudança legítima de governante, referendada pela Suprema Corte e pelo Congresso.

Mas Zelaya, expulso, de pijamas, do país por militares, desmentiu qualquer tentativa de alterar a cláusula pétrea da Constituição que impede reeleições para se manter no poder. Embora a destituição de Zelaya tivesse amparo constitucional sob a hipótese de que ele estivesse tentando reeleger-se, a expulsão não é prevista no texto e tanto Micheletti quanto o chefe das Forças Armadas eximiram-se posteriormente de responsabilidade por essa iniciativa, sem indicar um possível autor da medida.

Pressionado --nenhum país reconheceu seu governo-- o governo interino adiou ao máximo uma solução para o impasse, resistindo à proposta feita pelo presidente da Costa Rica para o condicional de Zelaya à Presidência.

Após quase três meses de negociações sem avanços e duas frustradas tentativas públicas de voltar a Honduras, o retorno do presidente deposto no último dia 21 aumentou a pressão internacional sobre o governo interino, alimentou uma onda de protestos e fez da crise hondurenha um dos temas da Assembleia Geral da ONU, reunida em Nova York em setembro.

O governo interino aceitou o envio de uma delegação diplomática da OEA a Honduras, dias depois de ter barrado a entrada no país de enviados da organização e voltou à mesa de negociações. No entanto, a insistência de cada lado em suas posições, após algumas concessões aparentes, levou à paralisação e finalmente ao rompimento do diálogo na última sexta-feira.
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